Neymar não será o capitão do Brasil na Copa América. O jogador foi informado por Tite após o treino do último domingo, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), que a braçadeira será utilizada por Daniel Alves na competição continental. O lateral-direito, aliás, ocupará o posto no amistoso do próximo dia 5, diante do Catar, em Brasília.
Coincidência ou não, a perda da braçadeira vem após a agressão de Neymar a um torcedor na decisão da Copa da França, no Stade de France, onde se irritou ao ser provocado quando subia as escadas do estádio para a cerimônia de premiação da competição, conquistada pelo Rennes, com um triunfo nas cobranças de pênaltis. Ao final daquele jogo, o atacante também criticou publicamente colegas de Paris Saint-Germain.
Há dez dias, quando Tite anunciou a lista de 23 convocados para a Copa América, o treinador foi indagado quatro vezes sobre a postura do jogador, mas se negou a responder todas elas. O sempre ponderado treinador chegou a demonstrar impaciência nas respostas, mas insistiu que iria falar pessoalmente com Neymar antes de expressar a opinião publicamente.
O astro do PSG se apresentou à Seleção no sábado e, na primeira atividade, se mostrou bem à vontade. No domingo, ele realizou mais um treino com os colegas na Granja Comary, antes de ganhar folga com o restante do elenco. Foi após essa atividade que Tite informou o atacante de que a braçadeira de capitão voltaria a Daniel Alves.
A escolha por Daniel Alves, de certa forma, tira a pressão sobre Tite e, ao mesmo tempo, não soa exatamente como um castigo a Neymar. Isso porque Daniel Alves foi o jogador que mais vestiu a braçadeira no período anterior à Copa do Mundo da Rússia, quando o treinador promoveu um rodízio de capitães.
Na semana passada, num indício de que o terreno estava sendo preparado para a mudança de capitania na Seleção, o auxiliar Cleber Xavier afirmou que Daniel Alves seria o capitão na Copa do Mundo da Rússia, no ano passado, caso não tivesse se machucado.
5 de junho
data do amistoso da Seleção contra o Catar, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília