Desbancando as equipes favoritas, o Cruzeiro e o Gran Cursos, a Maranata conquistou o título de campeã da 4; Maratona Brasília de Revezamento, na quarta-feira, em uma disputa emocionante. Comandado pelo atleta de Ceilândia Clodoaldo Gomes da Silva, o time, que conta também com Luiz Fernando Almeida de Paula (SP), Edmílson dos Reis Santana (MG), Domingos Nonato da Silva (DF), Gilmar Silvestre Lopes (MG), Solonei Rocha da Silva, Francisco Barbosa dos Santos (MG) e Gilberto Silvestre Lopes (MG), levantou o troféu de primeiro lugar. O grupo atribuiu a vitória à estratégia montada por Clodoaldo. Na tarde de ontem, momentos antes de o maratonista voltar aos treinos, ele conversou com o Correio por telefone e falou sobre a emoção de ser campeão.
Como foi formada a equipe da Maranata que correu na Maratona Brasília de Revezamento?
A ideia era montar um grupo competitivo, que disputasse diretamente com as outras duas equipes favoritas, o Cruzeiro e o Gran Cursos. Conheço muita gente do atletismo e passei a fazer contato com o pessoal. Comecei a selecionar os atletas, de olho nos resultados que eles vinham apresentando. Até que cheguei a esse grupo. A premiação, que oferecia um carro à equipe vencedora, foi um atrativo maior para reunir todos.
Como foi a preparação de vocês? A equipe treinou alguma vez junta?
O Domingos Nonato é de Ceilândia e nós costumamos treinar juntos. Como o grupo era formado por atletas que estão sempre participando de corridas, não havia necessidade de treinarmos em conjunto. Mas na segunda e na terça-feira, nos reunimos para conversar e ver como cada um do grupo estava se sentindo. Isso foi fundamental para montar a estratégia que usaríamos.
O que determinou a vitória inédita de Ceilândia?
Eu já conhecia a característica de cada um e a nossa meta era traçar uma estratégia para vencer. Pela nossa conversa, fui descobrindo qual devia ser a nossa tática. Optei por uma escalação que favorecesse as qualidades e as preferências de cada um. Aí foi só ajustar e, no fim, conseguimos o que queríamos: a vitória.
Até que ponto o fato de João Gari, da equipe do Cruzeiro, ter passado mal e deixado a equipe mineira em desvantagem favoreceu vocês?
Para ser campeão, você tem que estar preparado para tudo. É claro que a nossa equipe teve sorte nisso também, mas o nosso desempenho na parte final da corrida foi o responsável pelo título. Se sentir mal, se machucar, tudo isso faz parte em uma corrida.
Como foi cruzar a linha de chegada e se deparar com olhares espantados, já que a Maranata esteve na terceira colocação na maior parte da corrida?
A estratégia foi bem montada. Ninguém estava comentando muito sobre a nossa equipe, mas em nenhum momento nos sentimos desanimados. Mesmo quando os nossos adversários estavam na nossa frente, o pensamento era sempre o de ;vamos buscar;. A reviravolta aconteceu na transição do seis (Chiquinho) para o sete (Gilberto Lopes), e, a partir daí, entramos na briga. Quando eu peguei a braçadeira, estava com uma boa vantagem e aí foi só administrar a corrida. Surpreender a todos foi muito legal. Esperavam um ou outro e quem veio fui eu (risos). Isso é que foi o mais legal.
Você gosta do formato da corrida do Correio?
Eu gosto muito de provas de revezamento porque faz com que todo mundo esteja empenhado em um só objetivo. Falta mais evento desse tipo, porque a gente fica competindo muito sozinho.
E como foi a comemoração da equipe? Já sabem o que farão com o carro que ganharam?
Saímos para almoçar juntos e foi bem bacana. Nós vamos vender e dividir o dinheiro entre os oito atletas de forma igual.
No ano que vem, a formação da equipe será a mesma?
Vamos ver se conseguimos manter o grupo. Mas como é muita gente envolvida, isso vai depender da disponibilidade de cada um na época. Mas a minha intenção é que o grupo corra junto de novo, porque foi muito bom.
Na quarta-feira, você dedicou o título a Ceilândia, sua cidade natal. Como você foi recebido pelos moradores de lá?
Tenho orgulho de ser atleta de Ceilândia. Aqui, temos duas pistas de atletismo, e me orgulho muito de fazer parte disso. Toda a minha recepção aqui é sempre maravilhosa. Quando eu fui vice e quando fui oitavo lugar na Maratona de São Silvestre me receberam da mesma forma, sempre muito bem.
O número
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