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Inter entra em campo com obrigação de vencer na Libertadores

A campanha do Inter na Libertadores é perfeita, ao menos levando-se em conta a tese do técnico Jorge Fossati. Para seguir neste patamar, os colorados são obrigados a vencerem o Deportivo Quito, no Beira-Rio. Para não depender de resultados paralelos, é necessário conquistar os três pontos a partir das 19h30 (de Brasília), caso contrário a equipe dependerá dos outros para avançar de fase.

Fossati segue suas convicções e não se separa delas por nada. Para ele, vencendo em casa e empatando fora, ninguém parará o Inter na Libertadores. Mesmo montando equipes cautelosas ao extremo para atuar como visitante, o treinador tem conseguido os resultados que lhe agradam. O que leva seus jogadores a entrarem pressionados nesta quinta-feira.

A postura adotada pelo treinador mudou o discurso externo. Em 2006, ano em que o clube conquistou a América, desde o início os dirigentes falavam em ser uma das melhores campanhas da primeira fase. Desta vez pouco se tocou no tema.

Vencendo, os colorados serão líderes do Grupo 5, terminando a etapa entre a sexta e a oitava melhor campanha. Empatando, será necessário que o Cerro, do Uruguai, não vença o Emelec, dono somente de um ponto, conquistado justamente sobre o Inter, por três gols de diferença. Caso saia derrotado, para avançar será preciso uma série de resultados paralelos, partindo do empate ou da derrota dos uruguaios da outra partida da chave.

"Temos que manter a cabeça fria. Isso é o mais difícil. O corpo tem que ferver, mas a cabeça tem que ser mantida fria. Esse é o caminho mais inteligente. A ansiedade nunca é boa companhia", definiu o uruguaio.

Em resumo, Fossati pede aos seus jogadores entrarem fervendo em campo, como se fossem o Eyjafjallajoekull em erupção, mas a cabeça siga fria feito um iceberg, incapaz de cair na catimba adversária e se deixar levar pela ansiedade da torcida.

Após ressuscitar o esquema 3-5-2 diante do Pelotas, Fossati deverá manter o esquema contra o Deportivo Quito. A dúvida na escalação é D;Alessandro, com dores na panturrilha direita.

O problema do Inter é que na teoria de seu treinador se encaixa no adversário da noite. O empate fora é tudo o que precisa o Deportivo Quito, dono de 10 pontos, um a mais do que os colorados. Mesmo entrando em campo em vantagem, o discurso dos equatorianos é ousado. "Vamos jogar de igual para igual. Estamos cientes de que o Inter é um time forte e será muito difícil enfrentá-los com a torcida contra nós. Mas será uma decisão para as duas equipes e estamos muito concentrados para este jogo", comentou o meia Arroyo.

Sem desfalques, o Deportivo Quito irá atuar no esquema 3-4-3 para explorar os espaços deixados pelo Inter na noite tensa que promete viver o Beira-Rio.

FICHA TÉCNICA - INTERNACIONAL x DEPORTIVO QUITO

Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Data: 22 de abril de 2010, quinta-feira
Horário: 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai)
Assistentes: Emigdio Ruiz e Nicolas Yegros (ambos do Paraguai)

INTER: Abbondanzieri; Bolívar, Sorondo e Fabiano Eller; Nei; Sandro, Guiñazu, D;Alessandro (Giuliano) e Kleber; Walter e Alecsandro
Técnico: Jorge Fossati

DEPORTIVO QUITO: Ibarra; Checa, Hurtado e Mina; Esterilla, Minda, Saritama e Escobar; Arroyo, Borghello e Niell
Técnico: Rubén Dario Insúa