Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Fim da Superliga abre mercado e Fabiana deve sair do país

O fim da Superliga feminina de vôlei só significa descanso dentro de quadra para as jogadoras. Longe da bola, as atletas começam a analisar as propostas recebidas por seus representantes e passam a pensar no futuro, assunto antes relegado a segundo plano devido aos jogos decisivos. Por enquanto, a principal mudança no mercado verde-amarelo é a provável saída da meio-de-rede Fabiana Claudino para o exterior. Titular absoluta da seleção brasileira, a central chegou ao Unilever em 2003 e não esconde o desejo de conhecer novos lugares. No começo de sua carreira, a jogadora defendeu o Minas Tênis, de Belo Horizonte, sua cidade-natal. "Eu sempre tive o sonho de jogar fora e este ano estou me sentindo segura para conquistar este objetivo", comentou a atleta, que não revelou quais as propostas que possui. O exterior é papo frequente de Fabiana com algumas de suas melhores amigas no vôlei, Fofão, Sheilla e Mari, todas com passagens em clubes longe do Brasil. "Mas quero um dia voltar para cá de novo", ressaltou. No campeão Sollys/Osasco, as maiores dúvidas pairam sobre a permanência de Jaqueline. Contratada para substituir Paula Pequeno, a atleta não garante que fica, apesar de toda a emoção demonstrada com a conquista do título neste domingo. "Não sei ainda o que vai acontecer. Vou deixar a minha vida me levar. Agora eu quero comemorar o título com minha família, meu marido, meus amigos...", despistou a atleta, eleita a melhor jogadora da final. Prefeito de Osasco, Emídio de Souza adiantou à Gazeta Esportiva.Net que o time seguirá com um alto investimento para a próxima temporada. "A continuidade do nosso patrocínio está certa. A Nestlé entrou para valer, sentiu que Osasco é uma cidade séria para o esporte. E nós vamos em frente", comentou. Pelos lados do ABC Paulista, a Blausiegel vai se reunir com a Prefeitura de São Caetano esta semana a fim de acertar a continuidade do apoio e definir os investimentos para os próximos meses. Estrela da equipe, Sheilla não descarta continuar. "Ainda não sei o que vou fazer. Tudo pode acontecer, inclusive ficar aqui", comentou a atleta. A reportagem apurou que é desejo da oposta e da ponteira Mari seguirem no Brasil, mas uma boa proposta financeira pode tirá-las do país. Já o treinador do time, Mauro Grasso parece mais balançado com relação à sua continuidade, apesar do desejo de a Blausiegel em mantê-lo. "Este ano, a única coisa negativa para mim foi a distancia da minha família, que mora em Minas", comentou o técnico, que não pretende trazer esposas e filhos para São Paulo. "A qualidade de vida lá é muito boa, pois tenho apartamento perto do Minas Tênis, onde eles jogam vôlei... Belo Horizonte é uma cidade grande, mas com ar de interior e eles fazem tudo a pé. Ficar mais um ano longe para mim seria muito desgastante", confessou. Quem também vai tirar os próximos dias para pensar é a líbero Fabi, do Unilever. "Eu tinha muita vontade de sair antes, agora já não tem tanta. Sinceramente, não sei, pois a minha cabeça já estava totalmente focada na final. Óbvio que tenho a preocupação de saber o que vou fazer, mas ainda não tenho nada. Tudo é uma possibilidade", comentou.