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Associação de atletas convoca greve e ameaça parar Espanhol

A Associação de Jogadores de Futebol da Espanha (AFE, em espanhol) anunciou, na tarde desta sexta-feira, uma greve geral a ser realizada entre 16 e 18 de abril. O movimento serve para exigir o cumprimento de acordos econômicos por parte dos clubes e pode paralisar o Campeonato Espanhol.

Entre as reivindicações da AFE estão: o pagamento das dívidas da Segunda Divisão referentes à temporada passada; o cumprimento das garantias econômicas dos clubes declarados em situação de intervenção na administração, a ampliação da cobertura do fundo de garantia salarial para a Segunda Divisão e a criação de um para a divisão inferior.

Apesar da ameaça, uma reunião nesta segunda-feira, na qual Governo, Liga de Futebol Profissional e Federação Espanhola de Futebol tentarão um acordo, pode evitar a paralisação. A AFE cumpriu o requisito imposto e enviou documentação avisando o Ministério do Trabalho quanto à greve com cinco dias de antecedência.

Assim, os jogos da 33; rodada do Campeonato Espanhol estão ameaçados. A ação sindical pode adiar a realização do confronto entre Real Madrid e Valencia, Sevilla e Sporting Gijón e também o clássico catalão entre Barcelona e Espanyol.

Apoio dos técnicos - Associação de Treinadores de Futebol (Anef, em Espanhol) ofereceu seu apoio irrestrito à greve proposta pela Associação dos Jogadores de Futebol da Espanha. A solidariedade da categoria foi divulgada através de mensagem oficial da entidade.

No documento, a Anef afirma que "comparilha e respalda as reivindicações dos futebolista, que chegaram a uma situação insustentável diante dos reiterados descumprimentos econômicos por parte dos clubes e que afetam profundamente as categorias Segunda e Terceira Divisões".

A entidade diz ainda admirar "a solidariedade dos futebolistas - muitos dos quais serão treinadores no dia de amanhã - que competem nas divisões principais em defesa, principalmente, daqueles que militam na Segunda e Terceira Divisão, cujos salários são o único meio de vida e que são os majoritariamente afetados".