O meio-campista Renato Cajá foi condenado a pagar R$ 1,14 milhão à Ponte Preta. O jogador, que atualmente defende o Botafogo, descumpriu seu contrato com a Macaca quando foi atuar no Al Itihad, da Arábia Saudita. Isto porque a equipe saudita não pagou o valor da transferência e a justiça obrigou o jogador a retornar a Campinas, o que não ocorreu, caracterizando um descumprimento de contrato.
O jogador se transferiu para o Al Itihad em março de 2009 por US$ 3,6 milhões (hoje, cerca de R$ 6,4 milhões), que seriam pagos em parcelas. Entretanto, nem todas elas foram quitadas, e o time de Campinas entrou na justiça para conseguir o pagamento de seu ex-camisa 10.
"O juiz Artur Ribeiro Gudwin, da 2; vara do Trabalho de Campinas, entendeu que a Ponte Preta tinha razão na ação trabalhista que moveu contra Renato, liberando o jogador para defender o time que quiser, porém o condenou a pagar multa indenizatória ao clube no importe de R$ 1,1 milhão e ainda arcar com os custos do processo", disse Renato Savy, advogado trabalhista da Ponte Preta.
O valor desejado pelos campineiros era de R$ 7,2 milhões, valor relativo ao que tinha sido combinado entre Ponte e Al Itihad em 2009 pelos direitos federativos do atleta. Assim, para seguir sua carreira, a Macaca quer que o meia quite seu débito.
"O juiz entendeu que a multa era maior do que o valor original do contrato e então reduziu o valor baseado no artigo 480 da CLT. Provavelmente ele tentará recorrer do valor da multa para reduzi-la ou cancelá-la, mas nós também pretendemos recorrer: vamos pedir o reconhecimento da multa original, de R$ 7,2 milhões, para que Renato pague este valor", explicou Savy.