As fortes chuvas que afetam a cidade do Rio de Janeiro desde a tarde desta segunda-feira obrigaram a delegação de vôlei feminino do Unilever a passar a noite no ginásio do Maracanãzinho. O local, que abrigaria a segunda partida da semifinal contra o Blausigel/São Caetano nesta terça, foi tomado pela água.
"Agora a água está baixando, mas durante a noite a primeira fileira de cadeiras do ginásio ficou debaixo d'água. Acredito que a água tenha chegado a 1,5 metro", comentou o assistente-técnico da equipe, Helio Griner, em entrevista ao SporTv.
De acordo com ele, um amigo da ponteira Regiane que mora na região providenciou pizzas para todos, inclusive jogadoras e o técnico Bernardinho. Eles se acomodaram em espumas de publicidade e dormiram na sala VIP das tribunas do ginásio.
"Quando acordamos, por volta das 6 horas da manhã, fizemos um comboio para irmos embora, mas os Bombeiros nos fizeram "abortar a missão". Pensamos no Metrô, mas ele estava muito lotado", descreveu Griner. Após tomar café da manhã com alimentos comprados em uma padaria próxima, a delegação aguarda as condições melhorarem para ir embora.
O jogo entre Unilever e São Caetano ainda não foi remarcado, mas Griner diz que não há condições de a disputa ser no Maracanãzinho.
"Nem se for hoje, nem amanhã, nem quinta... Se tiver jogo, vai ter que ser no ginásio da Tijuca", comentou o assistente, que revelou a posição contrária do grupo quanto à possíbilidade de partida ser realizada ainda nesta terça. "A nossa situação aqui é precária. Esta noite nós dormimos e nos alimentamos muito pouco", justificou.
Algumas jogadoras, como Carol Gattaz, tentaram deixar a região do Maracanã de carro, mas passaram a noite quase inteira paradas no trânsito. "Chegamos em casa agora 6h30 da manhã. Ainda continua tudo alagado na Tijuca e Maracanã. Tivemos que deixar o carro e vir de metrô... única solução", comentou a central, no Twitter. "Estamos mortas e desgastadas com esse perrengue", acrescentou.