Patrícia Amorim e a diretoria de futebol do Flamengo enfrentaram muitos problemas para renovar o contrato de dois campeões brasileiros em 2009: o técnico Andrade e o zagueiro Ronaldo Angelim. Com o sérvio Petkovic, a situação é semelhante, mas as dificuldades, maiores. Sem abertura para falar com o jogador, a presidente espera que ele tenha a iniciativa de querer a manutenção do acordo.
"Não conversei com o Pet ainda. Converso com a maioria dos jogadores do Flamengo, mas o Pet é um jogador que não dá muita abertura. Há um esforço para que o atleta fique, mas ele tem de desejar ficar no clube. Teremos toda compreensão se sentirmos que ele quer ficar", afirmou a presidente Patrícia Amorim, ao deixar claro que o rubro-negro fez sua parte, entregando a proposta de renovação.
"Ele é ídolo, conquistou títulos e queremos que ele fique. É uma negociação comercial e cabe a ele e ao empresário decidirem. Assim foi feito com todos os jogadores, o Angelim, o Andrade", continuou a dirigente, que teve sucesso nos dois casos citados, embora a saída do zagueiro e do treinador quase tenha sido efetuada. Com Pet, no entanto, a diferença entre o valor oferecido e o exigido seria muito grande.
O próprio jogador já se mostrou desiludido com a situação e, durante a semana, fez duras críticas à diretoria rubro-negra, afirmando que o pior do Flamengo são os dirigentes. "Claro que, quando a declaração não é simpática, não fico confortável para apaziguar. Pet está precisando de carinho. Ele deveria sinalizar dessa forma, mas veio com agressividade", disse Patrícia, tentando entender o jogador.
"Eu sempre quis que ele se sentisse no Flamengo como se estivesse em casa. Quando se chega a uma certa idade, tudo causa desconforto. Na idade dele não é fácil negociar renovação de contrato. O mercado se fecha", complementou, em referência aos 37 anos do atleta, decisivo na conquista do último título brasileiro.