Porto Alegre ; Ao dizer que o clube sempre priorizou a Libertadores, afirmando que todo o foco está no principal torneio das Américas e diminuindo a importância dos resultados do Campeonato Gaúcho, Vitorio Piffero, presidente do Internacional, aumentou em toneladas o peso da partida contra o Cerro, do Uruguai, no Beira-Rio. Com essa carga extra, Jorge Fossati ficará em pé, ao lado do gramado, trajando o seu elegante terno preto, durante os 90 minutos do jogo de hoje, às 21h50, sabendo que se não vencer deverá precisar de um novo emprego.
A frustração, aliada ao que seria mais um vexame por novamente não avançar de fase na Libertadores trás medo ao Inter. Foi assim em 1993. Repetiu-se quando os colorados defenderam o título em 2007. Naquela oportunidade, inclusive, o time de Abel Braga não passou da etapa de grupos do Gauchão. O fato também pode se repetir em 2010.
Mesmo diante de um adversário que sempre necessita do aposto ;Uruguai; para não ser confundido com o homônimo paraguaio, o Cerro não demonstra ter entrado no torneio para cumprir tabela. Se não é estrela principal, tampouco se porta como um mero figurante, liderando o Grupo 5 com sete pontos, dois a mais que o colorado e três a mais que o Deportivo Quito.
Já são seis partidas do Inter sem vitórias. Duas derrotas seguidas, cinco gols sofridos e nenhum marcado em 180 minutos de pouco futebol mostrado. Os números tão pobres do ataque levam a uma mudança no setor. Walter reaparecerá no gramado do Beira-Rio, onde ficou 10 dias sem ir trabalhar no começo do mês.