Com uma experiência de nove anos na McLaren, o ex-piloto australiano David Coulthard observou friamente a situação de Lewis Hamilton, que veio a ingressar na McLaren anos depois de sua saída, em 2004. Para Coulthard, a carreira do inglês vem merecendo uma assessoria para que ele não se exponha tanto na mídia.
Desde 2007, Lewis vem se envolvendo em alguns episódios polêmicos dentro e fora da pista - o último deles, neste GP da Austrália, quando ele dirigiu em alta velocidade nos arredores do circuito de Melbourne, na Austrália, colocando em risco a vida dos transeuntes.
O incidente gerou reclamações e até ofensas de um político local, o ministro dos transportes do estado de Victoria, que chamou o inglês de 'imbecil'. Mas para o ex-corredor de Williams, McLaren e Red Bull, o ocorrido tomou proporções demasiadas para o que realmente aconteceu.
"Eu sei que serei taxado de irresponsável agora, mas, realmente não vi problema algum em Lewis acelerar um pouquinho para a alegria dos fãs", avaliou David, em sua coluna para o diário Daily Telegraph. "Na minha visão, a reação ao que era um pequeno incidente extrapolou as medidas".
Para Coulthard, a ausência de um gerente na carreira fez com que os fatos tenham tido maior importância que deveriam, mas ele tem total responsabilidade por isso. "A decisão de Lewis de demitir o pai (Anthony Hamilton) do cargo de gerente foi justificada como um amadurecimento de sua parte. Mas não é o que parece, depois da última semana".
"Não tem um gerente é como um jogador de tênis não ter técnico. É bom quando você está bem, mas quando não está as pessoas apontarão isso como uma fraqueza", explicou. "Ele precisa nomear um substituto rapidamente para que possa se concentrar no seu trabalho", recomendou Coulthard, de 39 anos recém completos no último dia 27 de março.