O gesto obsceno que Ronaldo direcionou a um torcedor do Corinthians repercutiu não apenas no Parque São Jorge. Na manhã desta sexta-feira, em fase de preparação justamente para o clássico contra o Alvinegro, os são-paulinos saíram em defesa do Fenômeno. O atacante Washington admitiu que já teve vontade de rebater a reclamação de torcedores.
"Ouvi que ele fez o gesto para um ou dois ali, o que não representa a torcida em geral. Às vezes, dá vontade mesmo. Ficam dois ou três perturbando e xingando. Se fosse para aplaudir, não ficariam esperando. Não aguentamos também, não temos sangue de barata", afirmou.
Na noite de quarta-feira, depois da derrota do Timão para o Paulista, um grupo de torcedores protestou contra Ronaldo no estacionamento da Arena Barueri. O atacante, então, explicou que apontou o dedo médio para apenas um torcedor.
Assim como Washington, o técnico Ricardo Gomes também defendeu o corintiano. "Foi direcionado por uma pessoa. O gesto não tem informação do tipo de ofensa que ele teve de escutar. Há dias em que o cara não leva para casa, cada um tem seu limite. Se a pessoa o respeita, ele a respeita também".
Os são-paulinos também avisam que o momento do Fenômeno não pode servir para deixar o Tricolor tranquilo. Com a experiência de um goleador, Washington pede atenção total aos passos do rival.
"O Ronaldo ainda está se recuperando fisicamente, mas é sempre Ronaldo. Não tem como duvidar da capacidade dele e nem piscar o olho com ele. Já passei por vários momentos difíceis em minha carreira e, quando estava sem fazer gols, resolvi jogos assim e inverti as coisas. Não podemos dar espaço, porque ele se motiva com essa cobrança e torna as coisas mais difíceis para nós. Ele e eu somos jogadores que decidimos. Em qualquer vacilo, podemos matar o jogo", acrescentou.
O São Paulo encara o Corinthians na tarde de domingo, às 16h (de Brasília), no Pacaembu, pelo Paulistão.