Sofrendo com o fraco desempenho do carro da Hispania neste começo de temporada, Bruno Senna utilizou sua primeira entrevista coletiva organizada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para pedir testes para as equipes novatas antes do início da temporada europeia, que começa em 9 de maio na Espanha.
"Seria importante para os novos pilotos e equipes poder fazer um pouco de quilometragem. Poderíamos solucionar pequenos problemas com apenas alguns testes. A vida de todos ficaria melhor, tanto das novas como das atuais equipes, porque esse pessoal não precisaria nos ultrapassar tantas vezes se estivéssemos mais rápidos e mais preparados", justificou o piloto.
Bruno ainda comentou que, ao contrário da impressão inicial manifestada ainda nos boxes do circuito de Sakhir, não foi um problema hidráulico que o levou a abandonar o GP do Bahrein em sua estreia na Fórmula 1.
"O que houve foram alguns problemas com a embreagem. A parte hidráulica funcionou a contento. A quebra foi de uma presilha do radiador que deixou o motor sem água. Isso já está resolvido. O objetivo, agora, é terminar a corrida", comentou Senna.
O time espanhol participou dos treinos e da corrida sem ter feito uma sessão de testes durante a pré-temporada. "O que aconteceu no Bahrein foi provocado exatamente pela falta de testes. Essas coisas ocorrem quando a instalação é muito nova", reconheceu.
Apesar da meta em completar a prova em Albert Park, Bruno admite que os carros da Hispania não receberam grandes alterações para a disputa deste fim de semana. "Evidentemente, há uma lista considerável de coisas que precisariam ser modificadas. Mas, sem testes e o curto espaço de tempo entre as duas corridas, haverá poucas mudanças. Espero que na Europa possamos apresentar algumas atualizações, coisas novas no carro, que aumentarão a performance e a resistência", destacou.
Sobrenome
O piloto, cujo nome completo é Bruno Senna Lalli, também explicou o porquê quis adotar o sobrenome famoso para correr. "Não é minha escolha. Não teria sentido eu começar minha carreira como Bruno Lalli, porque logo que as pessoas soubessem que eu era parente do Ayrton, me chamariam de covarde por esconder isso", afirmou.
Ele, porém, deixou claro que nunca quis tirar vantagem por ser um Senna. "Não me vejo diferente de ninguém simplesmente por causa do nome. Claro que gostaria de iniciar a carreira com um carro que permitisse brigar por vitória, mas esta é a oportunidade que surgiu e não estou aqui unicamente por causa do meu sobrenome. Tenho resultados em minha curta carreira que me qualificam a ter a superlicença. Estou tão apto a estar aqui como qualquer outro com os mesmos resultados", lembrou.