Mesmo fora da lista dos pré-relacionados para a Liga Mundial 2010, Gustavo Endres tem sido muito solicitado para falar sobre o possível retorno de Ricardinho para a seleção brasileira. O jogador, afinal, era um dos grandes nomes do grupo, quando o levantador foi cortado, às vésperas dos Jogos Pan-americanos de 2007.
Entretanto, Gustavo acredita que este não é o momento de se fazer uma maior análise sobre o assunto. "Só se fala no Ricardinho. Que loucura, porque não adianta nada agora. Tudo será resolvido ou não no dia que todos se encontrarem na seleção", escreveu o central, em seu Twitter.
Gustavo atua no Pinheiros/Sky, time que também conta com o capitão da seleção Giba e com Rodrigão, ambos membros do time verde-amarelo há anos. "Jogos importantíssimos esta semana para classificação e playoffs. Vamos mudar o foco pessoal!", pediu Gustavo, referindo-se à reta final do returno da Superliga masculina de vôlei.
"O que eu posso dizer é: a imagem deixada em 2007 foi que um grupo unido não tolera estrelismos e vaidades da parte de qualquer jogador que seja", complementou o atleta, ante de voltar a comentar o confronto entre Pinheiros e Sesi, de seu irmão Murilo, no próximo sábado. "Agora eu só penso no primeiro confronto entre irmãos Endres pela Superliga. No turno estava com dengue e não participei", lembrou.
Quem também usou a rede social para dar sua opinião sobre o assunto foi Bruninho, levantador e filho do técnico Bernardinho. "Quanto ao assunto sobre o Ricardo, o cara dispensa comentarios jogando. Se ele entrar no espírito da selecao que os mais velhos passam de comprometimento, união e trabalho em equipe, ele vai somar e agregar muito", destacou o atleta, na terça-feira.
Rodrigão, por sua vez, preferiu ser mais cauteloso. "Sei que é um grande jogador, mas não sei como será a convivência ou se o resultado será positivo ou negativo", confessou o meio de rede, em entrevista ao Ig Esporte.
O jogador também contou que foi pego de surpresa pelo afastamento de Ricardinho, em 2007. "Não teve nada a ver com dinheiro ou divisão de prêmios como falaram. Como capitão, ele não tinha a atitude correta. Ele podia até falar as coisas certas, mas não da maneira correta. Ele brincava ou jogava as coisas no meio de tudo mundo. Não chegava para conversar com o Bernardo", contou.
"O Bernardo tentou falar com ele algumas vezes e pediu ajuda não para nós, jogadores, mas para a comissão técnica. Quando o Ricardo ficou sabendo, ele não aceitou. Disse que aquele era o jeito dele e que não iria mudar. Chegou até a dizer coisas como 'vou arrumar as malas e ir embora'", revelou Rodrigão, na mesma entrevista.