Não foram somente os jogadores do Santos e o técnico Dorival Júnior que reclamaram da arbitragem de Antônio Rogério Batista do Prado no clássico em que o Palmeiras venceu, por 4 x 3, neste domingo, na Vila Belmiro, colocando fim à série de 12 jogos de invencibilidade do Peixe. A diretoria santista também questionou o desempenho do juiz no duelo.
Para o diretor de futebol do clube, Pedro Luiz Nunes Conceição, além do fraco desempenho da arbitragem, em sua opinião, há uma pressão dos adversários contra a maneira como os alvinegros jogam. "Não gostaria de individualizar essa questão. Temos de considerar isso de uma maneira genérica, pois está acontecendo com todos os times. Mas quando uma falta é marcada a favor do Santos, quem a comete reclama que 'se encostar em nosso atleta, ele cai', o que reflete uma campanha sistemática contra o talento", afirmou.
Segundo Nunes Conceição, esta pré-disposição contra os jogadores do Santos acaba resultando na instabilidade da atuação dos juízes em jogos de sua equipe. "Esta campanha deu resultado neste domingo e mesmo um árbitro que vinha bem no campeonato acabou pecando. No entanto, o Santos já está trabalhando para acabar com esta campanha contra o talento dos nossos jogadores", disse.
Indagado ainda sobre se o Peixe iria solicitar, junto à Federação Paulista de Futebol, uma análise da atuação de Antônio Rogério Batista do Prado e uma possível punição ao árbitro do clássico, o dirigente santista preferiu se esquivar, ao declarar que a cúpula alvinegra ainda irá avaliar quais medidas tomará.
"Nós precisamos contar até dez para que, com os ânimos mais serenados e com muito equilíbrio, possamos tomar algum tipo de atitude. Por enquanto, gostaria apenas de solicitar aos árbitros não coíbam o futebol bonito e, sim, a violência. Se não, de que adianta fazer um esforço para trazer um atleta do nível do Robinho, se há uma campanha anti-futebol?", concluiu Pedro Luiz Nunes Conceição, em tom de questionamento.