O piloto indiano Karum Chandhok, que irá estrear na Formula 1 pela também novata Hispania Racing, tentou defender as equipes que estreiam na categoria em 2010, afirmando que as críticas que pilotos e escuderias vêm recebendo quanto à baixa velocidade de seus carros não são justas.
Os poucos testes que os times novos realizaram até então - a Hispania não teve nenhuma oportunidade - fizeram os pilotos mais experientes, dentre eles o brasileiro Felipe Massa, ficarem preocupados com a possibilidade do provável desempenho lento das equipes cause problemas aos demais corredores na prova do Bahrein, neste domingo (14/3), e questionaram os benefícios que equipes não tão preparadas possam trazer ao esporte.
Chandhok afirmou que ninguém que esteja preocupado com a baixa velocidade das novatas pode utilizar este argumento, pois se olhassem nos registros antigos da F-1, a história diria que a diferença de velocidade entre pilotos das primeiras e últimas posições já foi muito maior do que é hoje em dia.
"Eu posso afirmar apenas que entendo as críticas, justamente porque se eu estivesse na situação deles, ficaria preocupado. Imagina se no último trimestre do ano, quando você está na última volta, tem alguém no seu caminho", explicou o indiano. "Mas primeiramente eu ficaria muito feliz se as equipes novas conseguissem chegar até o final da disputa. Segundo, no final do dia seria ótimo se eu ganhasse respeito e entrasse para a história da F-1", explicou.
Para comprovar, o companheiro do brasileiro Bruno Senna na Hispania Racing lembrou de um caso ocorrido em 1997, no Grande Prêmio da Austrália, quando o pole position Jacques Villeneuve tinha mais de seis segundos de diferença para o último colocado, o brasileiro Pedro Paulo Diniz.
"Todos estes pilotos concordaram no argumento dos últimos dois ou três anos. Mas a Formula 1 não se trata apenas dos últimos anos se você olhar para trás para a história, como eu faço. Talvez eles precisem se lembrar disso", afirmou Chandhok, que, apesar disso, sabe o que o espera em 2010 na equipe espanhola. "Será um ano muito difícil".