Idealizador e organizador da competição, João Torraca explica que hoje será apenas o primeiro passo do evento no DF. "Vamos ter quatro etapas com um período de três em três meses. Na última delas, já no fim do ano, vamos somar a pontuação e os melhores de cada categoria vão ganhar o cinturão", revela, explicando que as categorias serão estreante, amador e sub-17. "Qualquer praticante de artes marciais disputadas em pé pode participar", completa.
Segundo Torraca, a cidade está precisando de um torneio como esse para movimentar os lutadores. "Falta essa integração, é algo que não existe aqui", afirma. A ideia dele é continuar organizando as disputas nos próximos anos. "O objetivo é termos campeões e que eles voltem para defender o cinturão", destaca. A estimativa da organização do campeonato brasiliense é de que cerca de 50 competidores subam ao ringue na tarde deste sábado.
Atletas aprovam
Para quem vai competir, a iniciativa de criar um campeonato local para reunir as modalidades é bastante válida. Lutador de kickboxing, o brasiliense Guto Inocente aposta que o evento vai ser positivo a longo prazo. "É uma iniciativa legal, que vai fazer o esporte crescer e atrair mais participantes", confia ele, que vai representar a equipe RKT na competição. Essa, por sinal, é outra novidade. Segundo a organização, além dos títulos individuais, serão contabilizados os pontos por equipes. "É um estímulo para que eles tragam cada vez mais participantes", explica João Torraca.
Um dos representantes do boxe no campeonato, Paulo Henrique, mais conhecido como Paulera, vai se aventurar contra os chutes, golpes que não está acostumado a aplicar ou defender. "Vai ser um desafio e a primeira vez que enfrento algo do tipo", aponta o representante da equipe GB Boxe, do Riacho Fundo I. Outro que se aventura é Bruno Macaco, de apenas 19 anos. Lutador de vale-tudo, ele vai ter outro tipo de adversidade, já que não é permitido o confronto no solo. "Vou tentar trabalhar bem os chutes e encurtar a distância para o adversário", receita ele, que se diz confiante e bem preparado para lutar.
Uma das representantes femininas no torneio, Larissa de Carvalho, 23 anos, estreia nos ringues e descarta o nervosismo para o primeiro combate. "Estou tranquila e preparada. A adrenalina fica alta, mas é normal. Estou confiante no que vou fazer", comenta.
As regras do K-1:
- É obrigatório o uso de luvas e protetores bucais e genitais. Caneleiras são opcionais;
- São proibidos golpes na nuca, com os antebraços e cotoveladas;
- Não é permitido chutar nas articulações e na região genital;
- É proibido buscar o clinche na cintura e utilizar projeção de pernas;
- Se o atleta cair ou ficar abalado com golpes ainda em pé, será aberta a contagem protetora de oito segundos. Se não conseguir retornar nesse tempo, mais dois segundos serão contados. Caso o tempo extra não seja suficiente, será decretado o nocaute.
- Será desclassificado o atleta que golpear o adversário enquanto ele estiver caído ou de joelhos;
- Vão avaliar as lutas o árbitro central e mais três juízes de mesa.
1; Campeonato Brasiliense Open de K-1 Rules
Local: clube Motonáutica
Horário: 17h
Ingresso: R$ 10