Foi apenas um mal-entendido. Assim a Fifa justificou as notícias que se espalharam pelo mundo no início da semana anunciando que a entidade utilizaria o enorme encalhe de ingressos para a Copa do Mundo da África do Sul para baratear o preço dos bilhetes e evitar que os estádios fiquem vazios.
Segundo Jérôme Valcke, secretário-geral da entidade, o que haverá é um remanejamento de alguns bilhetes que estão nas mãos dos patrocinadores para que cada estádio tenha 20% e não 11%, como previamente acordado, de lugares disponíveis para ingressos de categoria 4 (mais em conta e exclusivos para a população que reside na África do Sul).
"Nunca diminuiremos o preço dos bilhetes. A ideia não é essa. Hoje, temos em torno de 11% dos ingressos da categoria quatro e a intenção é ter 20%. Estamos esperando para ver quantas entradas serão devolvidas pelos nossos parceiros comerciais para fazer a recategorização", explicou.
O dirigente, que ficou famoso no Brasil por negar repetidamente a viabilidade de o Morumbi ser utilizado na abertura da Copa de 2014, negou ainda que a Fifa esteja preocupada com a baixa procura pelos ingressos para o Mundial sul-africano. "Não estamos desesperados e não caçaremos as pessoas para que comprem os bilhetes", concluiu.