Depois da vergonha no jogo contra o São Caetano, a diretoria do Palmeiras trata com cautela os assuntos que serão discutidos na reunião desta quinta-feira. Só que é impossível esconder que mudanças drásticas podem ser determinadas no encontro entre a alta cúpula alviverde.
"As decisões podem ser radicais. Eu não descarto nada, mas não é momento de decidir nada também", reconheceu o vice de futebol Gilberto Cipullo no início da madrugada desta quinta-feira, ainda nos vestiários do Palestra Itália.
Contratado como salvador de um clube que vive dificuldades em conquistar títulos nos últimos anos, o técnico Muricy Ramalho recebe um salário exorbitante para dirigir o Palmeiras e ainda não deu o resultado esperado. Desta forma, também será alvo de uma avaliação dos dirigentes.
Pelas palavras do diretor de futebol Genaro Marino, Muricy Ramalho está realmente na corda bamba. "A batata de todo mundo assa em uma situação como essa, não tem jeito", explicou o dirigente, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Ao contrário do que ocorreu no ano passado com Wanderley Luxemburgo, o Palmeiras não precisa se preocupar com uma multa contratual se quiser dispensar Muricy Ramalho. Em todos os vínculos, o treinador descarta a inclusão de qualquer valor para uma rescisão.
Mas não é apenas Muricy Ramalho que corre risco no Palmeiras. O próprio Gilberto Cipullo sofre grande pressão para deixar seu cargo. Junto com o vice de futebol, podem sair o gerente de futebol Toninho Cecílio e os diretores de futebol Genaro Marino e Savério Orlandi.
Nos bastidores do Palestra Itália, correm informações de que o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo terá de fazer uma escolha entre pessoas que apresentam filosofias totalmente distintas: Gilberto Cipullo ou Muricy Ramalho. O máximo dirigente do Verdão promete decisões rápidas sobre o futuro do Alviverde.