Jornal Correio Braziliense

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Dorival Júnior descarta quarteto ofensivo no Santos

O Santos virou o jogo contra o Rio Claro, neste domingo, no Pacaembu, com uma formação extremamente ofensiva. Contra o Galo Azul, o técnico Dorival Júnior ousou e colocou no segundo tempo, no gramado do Pacaembu, um quarteto poderoso formado por Paulo Henrique, Giovanni, Neymar e Robinho (o centroavante André completava o setor), que mudou a história do confronto, obtendo o resultado que a torcida esperava: a vitória, por 2 x 1. Mas, apesar do triunfo, para o treinador santista, uma escalação tão ofensiva, com os quatro principais ídolos do Peixe na atualidade (Ganso, Giovanni, Neymar e Robinho) no time titular, está praticamente descartada. "É muito difícil colocar uma formação dessas em campo. No papel fica muito bonito, mas eu quero ver é na prática", disse Dorival, que só admite a possibilidade de voltar a usar esse esquema tático, em alguma eventualidade, caso os santistas estejam precisando buscar reverter um placar adverso, como aconteceu diante do Rio Claro. "Para isso acontecer tem que ser realista: é preciso você ter a posse de bola para poder jogar. Jogar com essas características é bem complicado. Para determinadas partidas ainda pode ser que consigamos aplicá-la. Por isso que eu falei que no papel era tudo bonito e ficava muito bom. Logicamente pode ser que eu utilize essa formação em determinados jogos, mas não sempre", comentou. Isto porque, segundo o comandante, atuar durante 90 minutos com o quarteto dos sonhos dos torcedores alvinegros deixaria a equipe bastante vulnerável na defesa. "O princípio do futebol é preencher os espaços do campo em sua totalidade. O time tem que estar muito bem posicionado. Contra o Rio Claro buscávamos o ataque e deixávamos os compartimentos bem espaçados. Tanto que eles, com um a menos, conseguiam tocar a bola e chegar ao nosso gol. É um risco muito grande e não é toda hora que você pode corrê-lo", encerrou Dorival Júnior.