Com uma vitória por 7 a 0 sobre o Chile no início da noite de quinta-feira, a seleção brasileira sub-17 de futebol feminino conquistou o Sul-americano da categoria. A decisão foi realizada no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
Os gols verde-amarelos foram marcados por Beatriz (2), Jucinara (2), Paula, Andressa e Gláucia. Na preliminar, a Venezuela venceu o Paraguai por 1 a 0, obteve a terceira colocação e classificou-se para o Mundial da categoria, que será realizado no mês de setembro, em Trinidad & Tobago.
A Seleção Brasileira, que assim como a chilena, já havia garantido vaga no Mundial 2010 ao avançar para a final, conquistou o título de forma invicta e com 100% de aproveitamento: seis vitórias (3 a 0 na Bolívia, 15 a 0 no Equador, 5 a 1 no Paraguai, 5 a 0 no Peru, 6 a 2 sobre a Venezuela na semifinal, e 7 a 0 diante do Chile na decisão), 41 gols marcados (média de 6,83 por jogo) e apenas três sofridos.
O time nacional também teve as atacantes Paula e Glaucia como artilheiras do torneio, com sete gols, e a goleira Dani a menos vazada.
"O resultado foi muito importante para dar confiança ao grupo no Mundial e mostramos que o futuro do futebol feminino brasileiro está garantido", comentou Paula, após comemorar ao lado das companheiras. A capitã Thais recebeu o troféu das mãos do presidente da Conmebol, o paraguaio Nicolás Leoz e do presidente da Federação Paulista de Futebol Marco Polo Del Nero.
O técnico brasileiro Edvaldo Erlacher elogiou o desempenho de suas jogadoras durante toda a competição. "As meninas foram responsáveis por tornar fácil o jogo final contra o Chile, um adversário muito bem armado. Elas souberam explorar o que têm de melhor - o passe e as viradas de bola. Uma conquista como essa é importante para elas construírem uma carreira sólida", afirmou.
Edvaldo, que assumiu a Seleção Sub-17 em março do ano passado, destacou a atuação do grupo, mas apontou a volante Lucimara, como uma atleta perfeita taticamente. Sobre a performance da equipe no Mundial, o técnico acredita que o time poderá chegar em condições de igualdade com as seleções dos Estados Unidos e da Europa. "Para isso precisaremos trabalhar mais a forma física e treinar mais as bolas aéreas", analisou.