Mandatário da Fórmula 1, Bernie Ecclestone não gostou nada da realização de uma prova da Indy em São Paulo, no dia 14 de março. De acordo com a Folha de São Paulo desta quarta-feira, o dirigente tem trabalhado nos bastidores para que a disputa não tenha a chancela da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e, consequentemente, da Confederação Brasileira da modalidade (CBA).
Ecclestone estaria irritado com o fato de não ter sido consultado quando a Indy paulista era apenas uma possibilidade, além de não aprovar a realização de corridas das duas principais categorias de monopostos no mundo em uma mesma cidade. Devido a uma cláusula no contrato com a Fórmula 1, o autódromo de Interlagos não pode ser usado pelos carros do campeonato norte-americano - no Mundial 2010 da Fórmula 1, a disputa verde-amarela será realizada no dia 7 de novembro.
Duas semanas após o Carnaval, Charlie Whiting, delegado de segurança da FIA, fará uma vistoria na pista do Anhembi. Caso o traçado, de fato, não seja aprovado, a Indy não contará com o suporte da entidade e da CBA. "A palavra final é da FIA. Se ela não aprovar a pista, não poderemos estar presentes. Mas estamos torcendo e batalhando para que tudo corra bem", afirmou Cleyton Pinteiro, presidente da CBA.
Se a CBA ajudar oficialmente a Indy em São Paulo sem o aval da FIA poderá ser suspensa, prejudicando uma série de categorias verde-amarelas. A organização da prova no Anhembi, entretanto, minimiza a possibilidade de reprovação do traçado.
"O técnico contratado para fazer o traçado e acompanhar as obras da pista conhece bem todas as exigências da FIA", comentou Daruiz Paranhos, coordenador-geral da prova. De acordo com ele, mesmo que a aprovação não venha daqui a duas semanas, haverá tempo para que os erros sejam corrigidos e a pista liberada.