Felix, Carlos Alberto Torres, Clodoaldo, Rivellino e Edu. Cinco dignos representantes da conquista da Copa do Mundo de 1970, disputada no México e terceira da coleção de cinco troféus que o Brasil já têm, abrilhantaram a passagem da Taça da Copa da Fifa por São Paulo na manhã desta segunda-feira.
Homenageado pelo 40º aniversário da inesquecível campanha em território mexicano, o quinteto que tanto orgulho trouxe aos torcedores brasileiros falou sobre o que espera da seleção comandada por Dunga no Mundial da África do Sul. E a 'parte santista' da turma mostrou entrosamento quando o assunto foi a nova sensação do momento no futebol verde e amarelo: Neymar.
"Eu sempre fui fã do futebol-arte, pois jogava assim, e ver o Neymar, agora com o Robinho, é algo que me enche de alegria", avisou Edu, ponta-esquerda bicampeão mundial com o Santos e tri com a seleção, abrindo o coro pró-Neymar na África do Sul.
"Eu disputei uma Copa com 16 anos. Ele tem 18. Se não convocar agora, vai chamar quando: com 50 anos?", brincou. "Na minha opinião, o Dunga poderia tirar o Júlio Baptista, que é voluntarioso, mas mais de marcação, e levar o Neymar, que é um talento inquestionável", emendou, em tom aconselhador.
Também 'suspeito' ao falar sobre Neymar, já que é apaixonado pelo clube da Vila Belmiro, Clodoaldo emendou: "Acho que o Neymar já está pronto para ir à Copa e o Edu é um exemplo disso. Ele ainda vai deslumbrar o mundo e, por isso, mando meu recado para o Dunga: chama o Neymar que o Brasil ganha a Copa", implorou 'Corró'.
Quem não torce pelo time da Vila, mas admira o 'futebol-moleque', também se pronunciou. Mas a favor do companheiro de Neymar, Robinho, que reestrou em grande estilo no Santos domingo, contra o São Paulo, marcando um gol 'de letra' e dando a vitória ao Alvinegro.
"O Robinho é um gênio e tem tudo para voltar a ser aquele moleque que a gente tanto gosta, pois quem sabe futebol não esquece de uma hora para outra. Ele ainda será muito importante para a seleção", apostou o ex-goleiro Félix, titular da meta verde e amarela na conquista do tri.