O 'filme' que todo torcedor paulistano apaixonado pela seleção brasileira sonha ver em meados de julho, quando terminar a Copa do Mundo da África do Sul, teve sua primeira 'cena' registrada na manhã desta segunda-feira, 8 de fevereiro, no Memorial da América Latina.
Cumprindo um cronograma que inclui 83 países, a taça da Copa do Mundo da Fifa, no Brasil desde o último sábado, quando chegou ao Rio de Janeiro, foi visitada por imprensa e convidados e exibiu toda sua exuberança em oito quilos de ouro maciço 18 quilates, aumentando ainda mais o desejo de todo brasileiro em ver o capitão Lúcio a levantando sobre sua cabeça no próximo dia 11 de julho, ao soar o apito final da decisão do Mundial em território sul-africano.
Depois de 225 dias peregrinando da Suíça pelo mundo afora, a taça enfrentou até um ciclone, no Taiti, para chegar ao Brasil no dia e horário previstos, de onde partirá para a América Central e Europa até chegar à África, completando um percurso equivalente a três voltas completas em torno da Terra.
Contando com a presença de personalidades importantes do mundo político, como o ministro dos Esportes, Orlando Silva e o secretário estadual de Esportes, Claury Alves da Silva, um representante da Fifa, Leslie Dickens e ainda cinco ícones da conquista do tricampeonato no México - Felix, o capitão Carlos Alberto Torres, Clodoaldo, Rivellino e Edu -, o evento constatou que a torcida para ver o troféu retornar à capital paulista dentro de pouco mais de cinco meses apenas aumentou.
"O Brasil é a casa da Taça da Copa do Mundo Fifa e não poderia ser deixado de fora do itinerário", justificou Marcos Simões, vice-presidente de marketing da Coca-Cola, co-gestora do evento, e mestre de cerimônias da ação, lembrando que a empresa é patrocinadora permanente da Fifa desde a Copa de 1950 e também está presente em todos os Mundiais desde então.
Até o presidente da FEMSA (Fomento Econômico Mexicano S.A), o argentino Miguel Angel Peirano, deixou de lado o sangue hermano e se rendeu ao talento tupiniquim. "O Brasil vai trazer mais um campeonato esse ano, pois é a seleção que melhor futebol está jogando", comentou, meio sem graça, para desespero dos fãs de Diego Armando Maradona.
Carlos Alberto Torres, um dos poucos homens do mundo autorizados a levantar a taça - apenas campeões mundiais e chefes de Estado têm tal honra -, brincou ao repetir o gesto que o consagrou no México. "Ela é pesada pra burro. Apenas jogadores em atividade conseguem isso. Segura meu braço aí, Félix", pediu, com medo de deixar cair o cobiçado troféu.
O evento contou ainda com um tour completo por cinco salas, com direito a reproduções de jornais históricos, partidas de videogame, exposição com todas as bolas oficiais usadas em Copas, um 'bate-papo' com o mascote oficial da Copa da África do Sul e um rápido filme em 3D. Nesta terça, a exposição terá a presença do público que já adquriu convite e, segundo a organização, deverá contar com cerca de 15 mil visitantes.