Ao marcar o gol da vitória do Inter por 1 x 0 sobre o Grêmio, Alecsandro sacou um revólver imaginário e fingiu disparar três tiros. Ele matou o maior rival aos 34 minutos do segundo tempo. Porém, para a torcida do Inter os gols de Alecsandro ainda não saíram em quantidade suficiente.
Poucos minutos antes de dar a vitória ao seu time, o centroavante e o técnico Jorge Fossati ouviram vaias. O motivo era a permanência do jogador em campo e a saída de Taison. "Quando a gente trabalha com pessoas inteligentes, é diferente. Ele viu a partida que eu disputava. Às vezes o que o torcedor quer, não é o que o treinador quer", explicou o camisa 9, mostrando uma indignação disfarçada com o ato dos colorados.
Os 28 gols marcados em 2009 e os dois dessa temporada ainda mantêm, na visão do torcedor, Alecsandro em débito. O motivo foi a longa seca do atacante na reta final do Campeonato Brasileiro.
Entre as redes balançadas pelo jogador e as vaias da torcida, o técnico Jorge Fossati escolheu de que lado está. "Não posso fazer um time com coração e simpatia. O Alecsandro contra o Juventude jogou bem. A torcida pega mais no pé dele do que no de outros. Ele faz o que eu peço para ele. Ele vive uma bela fase. Não é o torcedor que vai tirá-lo", comentou, deixando clara sua satisfação com o rendimento de seu comandado.
A partir da próxima semana, cada chance desperdiçada por Alecsandro terá uma reflexão maior nas arquibancadas. Com a contratação de Kléber Pereira, qualquer partida abaixo da média poderá atiçar a má vontade do torcedor, que verá no banco uma sombra qualificada.
"A disputa não é entre nós dois. A disputa é entre todos. Estou treinando bem, estou focado e fazendo gols", comentou.