A nova temporada da Fórmula 1 ainda nem começou, no entanto diversas vezes a Mercedes GP já teve de ir a público para garantir que seus pilotos serão tratados igualmente pelo menos no início. A última vez foi nesta sexta-feira, quando a equipe minimizou a troca de números entre Michael Schumacher e Nico Rosberg.
Supersticioso, Schumacher sempre competiu na Fórmula 1 com números ímpares e por isso quis utilizar o três com o qual Rosberg havia sido inscrito na categoria. O alemão, que em três de seus quatro anos na Williams ostentou algarismos pares, não se opôs à mudança, que segundo o diretor esportivo da Mercedes, Norbert Haug, é normal e não indica algum tipo de privilégio para o heptacampeão do mundo.
"Nico encontrou a configuração que desejava", afirmou Haug à agência de notícias germânica DPA. Com 24 anos, o jovem precisou de um título na GP2 e de apenas quatro temporadas na categoria principal para cavar seu lugar em uma escuderia considerada de ponta. Por isso mesmo, não tem do que reclamar.
"Ele sempre quis dirigir para as Flechas Prateadas na Fórmula 1 e ter Michael como seu companheiro. Isso pode soar como um fabuloso comunicado nosso à imprensa, mas é precisamente a verdade", continuou o dirigente.
Segundo Haug, até na Ferrari, em que um de seus chefes também era Ross Brawn, Schumacher não foi contratado como primeiro piloto do time e só ganhou esse status nas pistas. Cenário parecido será imposto agora na Mercedes. "Apenas é possível virar o número através de um esforço extraordinário e confio em que nossos pilotos farão isso".
Nos treinos coletivos da Fórmula 1, mesmo sem muito ritmo após encerrar uma aposentadoria de três anos, o veterano não receberá nenhum tipo de privilégios e terá de dividir todos os quatro períodos de testes marcados para fevereiro com Rosberg. O homem menos famoso inclusive estreará o novo carro no próximo dia 1º.