A Liga das Américas é uma competição que traz boas lembranças ao Universo. No ano passado, o time conquistou o título da competição e, no retorno a Brasília, foi recebido como herói, com direito até a desfile em carro aberto do Corpo de Bombeiros.
Com essa energia na memória e disposto a tentar repetir a dose, os candangos embarcaram nesta madrugada para uma desgastante viagem rumo ao Panamá, onde, a partir de amanhã, a equipe tenta se classificar para o quadrangular final.
O torneio é disputado em um sistema muito curto de rodadas. No início, 16 times entraram na briga pelo troféu, divididos em quatro grupos, com quatro equipes em cada, das quais apenas o melhor se garante na fase seguinte. Os três primeiros grupos já foram jogados e nenhum dos três representantes brasileiros conseguiu avançar.
No grupo A, o Minas perdeu todas as três partidas e ficou em último lugar, com o Quimsa, da Argentina, se classificando. No grupo B, o Flamengo ficou em terceiro, com apenas uma vitória. Quem se deu bem foi o Espartanos de Margarita, da Venezuela. Já no grupo C, do Joinville, que teve a mesma campanha dos rubro-negros, quem avançou foi o Halcones Xalapa, do México.
Assim, resta ao Universo a responsabilidade de se tornar o representante do Brasil no quadrangular final. Tarefa que, para o técnico Lula Ferreira, não deve adicionar mais um elemento de tensão nos ombros dos jogadores.
;Teoricamente esse fato aumenta a responsabilidade;, reconhece Lula. ;Mas, na prática, não afeta em nada, porque os jogadores não ficam pensando nisso na hora da partida. O preparo deles está restrito à qualidade dos atletas rivais e ao que eles terão que fazer para superá-los;, explica.
Amanhã, às 21h (horário de Brasília), o Universo faz sua estreia no grupo D, em uma partida que os jogadores consideram como estratégica. O rival será o forte Penarol, da Argentina, campeão da Liga das Américas em 2008. No sábado, às 21h10, o adversário do Universo é o Navieros de Colon, do Panamá, e, no domingo, às 19h, a parada é contra o Halcones, do México.
Liga das Américas ; Grupo D
Amanhã
21h ; Penarol (ARG) x Universo/BRB (BRA)
23h10 ; Navieros de Colon (PAN) x Halcones (MEX)
Sábado
19h ; Halcones (MEX) x Penarol (ARG)
21h10 ; Universo/BRB (BRA) x Navieros de Colon (PAN)
Domingo
19h ; Universo/BRB (BRA) x Halcones (MEX)
21h10 ; Navieros de Colon (PAN) x Penarol (ARG)
Obs: horários de Brasília
Ações para minimizar o desgaste
O Universo fará uma longa viagem até chegar ao Panamá. O time deixaria a capital às 5h de hoje rumo a São Paulo e, de lá, embarcaria para Bogotá, na Colômbia, onde trocaria mais uma vez de aeronave e, então, finalmente, partiria para o Panamá. A chegada do time ao país da América Central está prevista para às 18h de hoje.
Uma viagem tão desgastante (os jogadores teriam que acordar às 3h para estar no aeroporto às 4h) é, obviamente, um problema. O desgaste dos jogadores é enorme, uma vez que eles terão muito pouco tempo para se recuperar, pois a primeira partida já acontece amanhã, justamente contra um rival complicado como o Penarol, da Argentina.
Para o preparador físico do Universo, Mário Saraiva, o ideal seria que o time viajasse com 48 horas de antecedência. ;Mas como isso não foi possível, temos que fazer de tudo para que o desgaste seja o menor possível.;
Mário explicou que os jogadores treinaram ontem já no horário do Panamá (duas horas atrás) para se adaptarem ao fuso e também haverá um trabalho nutricional com os jogadores. ;O grande problema é a despressurização dos aviões, que desgastam muito os atletas. Vamos fazer uma suplementação de carboidratos, proteínas e aminoácidos, pois não temos conhecimento de como é a alimentação no Panamá;, adiantou.
Para o ala Alex, o jeito vai ser encontrar uma maneira de economizar o máximo de energia na viagem. ;Com uma viagem tão em cima, não temos tempo para imprevistos e não sabemos como serão as conexões, se haverá algum atraso ou coisa parecida;, alertou. ;Então, temos que sair com a cabeça boa daqui e procurar nos acomodar da melhor maneira possível nos aeroportos e nos aviões para descansar principalmente as pernas.; Alex disse, ainda, que o fato de não ter tempo para uma adaptação ao ginásio das partidas também é um fator que incomoda os jogadores.