Apesar de estar concentrado no duelo da segunda rodada do Campeonato Carioca, diante do Friburguense, que acontece na próxima quinta-feira, o Botafogo também está envolvido na situação do atacante Jobson, que confirmou o uso de crack e foi suspenso por dois anos do futebol. Para o técnico Estevam Soares, o doping do jogador foi uma surpresa.
"Ele sempre participou bem dos treinamentos, com desempenho bom. Avisaram que ele gostava de sair para a noite, tomar umas cervejas, mas nada assim como acabamos descobrindo. Você nunca pode imaginar que um jogador deste nível possa estar envolvido com essas coisas. Estamos tristes com essa situação, mas apoiamos o Jobson. Acho que ele merecia uma munição, mas poderia ter sido de um ano", comentou o comandante alvinegro ao SporTV.
Além de concordar com punições aos que infringem as regras esportivas, Estevam acredita que problemas como este precisam ser abordados de maneira mais profunda, visando a formação de um homem, não apenas de um jogador de futebol
"O Jobson é um doce de menino, que vem de uma família simples, foi abandonado pelo pai quando tinha apenas um ano. Sabíamos de algumas coisas dele, mas não dessa mais forte. O problema é mais profundo. É algo que temos que pensar e nos preocupar mais. Temos que ter engajamento de formar homens para enfrentar a vida. Até mesmo porque a carreira de futebol dura cerca de 10, 12 anos, mas a vida continua", acrescentou o técnico botafoguense.
Segundo Estevam Soares, o uso de substâncias ilegais sempre existiu no meio do futebol, e que uma fiscalização mais rígida é necessária. Além disso, o treinador acredita que jogadores que passam por esse tipo de problema podem ser recuperados.
"Quando garotos humildes atingem status de superstars, sempre aparece gente trazendo coisas negativas. Acredito que se o Botafogo e o Brasiliense se unirem, nós podemos ajudá-lo", completou.