Quando a Mercedes GP anunciou a contratação de Michael Schumacher, em 23 de dezembro, Nico Rosberg temeu que seu futuro na equipe se resumisse à função de segundo piloto. Uma rápida conversa com Ross Brawn na sequência, porém, deixou o jovem mais tranquilo, e curiosamente é ele mesmo quem estreará o novo carro da equipe em 1º de fevereiro.
Recentemente, o diretor esportivo da Mercedes já havia deixado claro que não haverá privilégios a Schumacher, que terá de dividir os quatro treinos coletivos marcados para o próximo mês com Rosberg embora precise mais de ritmo que o parceiro. Nesse contexto, nem será o heptacampeão mundial quem guiará a Mercedes pela primeira vez em Valência.
"Já tínhamos decidido isso antes mesmo da chegada de Michael", explicou Brawn, passando oficialmente a tarefa ao ex-represente da Williams nesta segunda-feira. O piloto de 24 anos, aliás, admite até ter pensado que poderia existir algum favorecimento ao germânico mais famoso. Esse receio, entretanto, não existe mais.
"Obviamente a escolha de Schumacher me fez duvidar um pouco, mas falei com Ross e agora tenho certeza de que não haverá diferença entre nós", ponderou em entrevista ao jornal francês La Tribune. "É natural que o interesse por alguém que seja heptacampeão mundial seja maior", emendou na sequência, conformado com a atenção maior sobre o companheiro.