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Robert Scheidt estreia confiante no Mundial de Star

O velejador Robert Scheidt espera que o ano de 2010 nas competições seja bem melhor que o final da temporada encerrada em novembro último. Confiante, ele promete, ao lado do proeiro Bruno Prada, ter o "campeonato da virada" no Mundial de Star, que acontece a partir deste sábado, no Iate Clube do Rio de Janeiro.

"Não fomos bem nas competições finais do ano passado", reconhece Scheidt, referindo-se ao 14; lugar na Taça Royal Thames e ao nono lugar no Sul-Americano, também disputados no Rio, em dupla com Prada. "Tivemos até de trocar de barco, o que não deixa de ser uma medida drástica", contou o velejador.

Até a Taça Royal Thames, que terminou em 22 de novembro, Scheidt e Prada competiam com um barco alemão, da Mader. No Sul-Americano, na última semana de novembro, usaram um italiano, da Lilia, que não teve tempo de ser ajustado direito para a competição.

Além disso, o torneio continental foi disputado com ventos fracos, o que não é o forte da dupla campeã mundial de 2007, em Cascais, Portugal, e vice-campeã olímpica em Qindao, na China, em 2008.

"Agora estamos mais confiantes. Conseguimos treinar bem e torcemos para ter ventos com mais de 10 nós de velocidade. O objetivo é largar bem e chegar à primeira boia entre os 10 primeiros. O nível do Mundial vai ser fantástico", espera Robert.

Campeonato de alto nível deixa Scheidt em alerta - O Mundial da Classe Star recebeu a inscrição de 81 barcos, de 20 países - 11 dos velejadores inscritos são campeões da classe, incluindo os atuais detentores do título, os norte-americanos George Szabo e Rick Peters.

"Poderia falar os nomes de umas 15 duplas em condições de vencer aqui no Rio", diz Scheidt, dono de quatro medalhas olímpicas e de dez títulos mundiais (nove na Laser). "A concorrência não será fácil e, por isso, a intenção é ter cautela na largada para não escapar e acabar tomando uma punição. O campeonato tem apenas seis regatas e vamos precisar de muita concentração", comentou.

A primeira regata oficial está marcada para este sábado, com largada prevista para as 13 horas, na raia a ser montada na Baía da Guanabara - as outras cinco, até o dia 21 (se os ventos permitirem), serão em mar aberto, perto da Ilha Rasa, em frente à Praia de Copacabana. Pela programação do Mundial de Star, os dias 22 e 23 passam a ser reservas.

Segundo o proeiro Bruno Prada, as condições de velejada nos dois locais são bem diferentes. "Na Baía, o regime de corrente é muito complicado e o mar é mais liso, mas tem o problema da sujeira. É frustrante você não ir bem numa regata porque o lixo enroscou na quilha ou no leme. Fora da Baía, as condições de vento são diferentes, o espaço entre os barco é bem maior, mas as ondas são mais altas", explicou Bruno.

Nesta sexta-feira, Scheidt e Prada abriram mão da disputa da 66; edição da Darke de Mattos, regata mais antiga do País, com largada em frente ao Iate Clube do Rio de Janeiro, na Urca. A dupla de velejadores preferiu tirar o dia para realizar os últimos ajustes no barco, visando a preperação para a estreia no Mundial.