A diretoria do São Paulo faz questão de se garantir confortável com relação aos processos trabalhistas que sofreu recentemente, do meio-campista Oscar e do lateral esquerdo Diogo. O clube nega ainda que tenha sofrido um desgaste em sua imagem com essa expectativa acelerada dos jovens em sair.
"Nada que possa desgastar a imagem do clube, um dos mais transparentes do Brasil. As pessoas têm direito de reivindicar, mas a Justiça mostrou que as obrigações vêm sendo cumpridas. Por isso, estamos tranquilos e encarando com certo conforto", disse o diretor de futebol, João Paulo de Jesus Lopes.
Oscar teve a liminar cassada com mandado de segurança no Tribunal Regional do Trabalho e deve se reapresentar após servir a seleção brasileira sub-20 no Uruguai. Já Diogo, com audiência marcada para junho, não apareceu para treinar nos dois últimos dias e pode ser punido pelo departamento jurídico.
Apesar de classificar ambos como "afoitos", o dirigente ressalta que eles serão aproveitados no time conforme o planejamento da comissão técnica. Já Ricardo Gomes lamentou a situação, disse que perderam oportunidade na equipe e criticou veementemente a atuação dos empresários dos atletas.
"Perderam oportunidade de começar, principalmente o Diogo - já que o Oscar está na seleção. Ele era, por acaso, um dos que jogariam contra a Portuguesa. Olha só que absurdo. Mas vamos revezar o elenco nos primeiros sete jogos do Paulista, até começar a disputa da Libertadores", iniciou o comandante.
"Não resta dúvida de que foram influenciados. A estrutura por trás quer ver somente o lado financeiro, não tem interesse na formação do atleta. Os jogadores estão envolvidos inocentemente em todo esse processo. A gente dá conselho, mas do outro lado o cara dá carro, celular. É difícil", emendou.