Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Parte da facção nega autoria de atentado em Angola

Se antes a Frente para a Liberação do Enclave de Cabinda (FLEC) era confirmadamente o autor dos atentados contra o ônibus da delegação de Togo, agora a situação já está mais confusa. Os tiros de metralhadora que mataram um e feriram em torno de dez pessoas já estão "sem dono". Isso porque mesmo após a própria organização ter reivindicado a autoria dos ataques por meio de um comunicado oficial, parte da diretoria nega a participação. O ministro do petróleo do Governo das FLEC no exílio, Simão Nkueka, garantiu que "a intervenção é da responsabilidade de um grupo de marginais que agiu por conta própria" ao jornal português A Bola. Para embasar sua argumentação. Nkueka classificou Rodrigues Mingas, autor do comunicado em que a FLEC reivindica os ataques, como "dissidente", além de dizer que a organização "não confunda política com esporte". "Desculpas"? No entanto, a jogada de Nkueka pode não passar de jogo político. Isso porque o comandante da facção, João Baptista "Jimbi", confirmou que foi a Frente que atacou o ônibus de Togo, porém, com um outro alvo. "O ataque foi contra a escolta militar das Forças Armadas Angolanas, não foi contra a delegação do Togo. Lamentamos a existência de feridos entre os nossos irmãos togoleses", afirmou Jimbi à agência Lusa.