O fato de ter sido apontado um dos oito cabeças-de-chave do ATP 250 de Brisbane não levará Thomaz Bellucci a encontrar um adversário fácil na abertura de sua nova temporada. A partir das 4h (de Brasília) deste domingo, o brasileiro enfrentará o experiente argentino Juan Ignacio Chela.
Tenista nascido em 1979, Chela foi o número 15 do mundo em 2005, atualmente é o 73 e retornou ao circuito no ano passado com sucesso em challengers após ter perdido, por motivo de lesão, metade da temporada 2008. Contra Bellucci, ostenta vantagem no confronto direto que até aqui se resume ao saibro. Na superfície preferida de ambos, o atleta mais velho ganhou por 2 a 0 em Buenos Aires, há dois anos, e por 2 a 1 em Barcelona. Caso ignore esse retrospecto, o paulista avançará para encarar o francês Michael Llodra ou o israelense Harel Levy.
Antes de embarcar a Brisbane, na última quarta-feira, Bellucci afirmou à GE.Net não ter expectativas de obter um grande resultado no primeiro evento da temporada, focando-se em uma boa preparação na quadra dura para o Aberto da Austrália, que começa em 18 de janeiro.
Na competição que se inicia neste domingo, ele viverá sua segunda experiência como cabeça-de-chave de um ATP, ainda que não se recordasse de que fora o oitavo principal favorito em Indianápolis, em julho de 2008. "Não lembro direito. Mas foi diferente", comentou o brasileiro, que na ocasião era o 72º colocado do ranking e acabou surpreendido logo na estreia pelo colombiano Alejandro Falla. "Hoje em dia estou estabelecido entre os 50 (melhores), então estou mais confiante para avançar nos torneios. Ali eu ainda estava começando e saí de cabeça por ter ganhado alguns challengers", emendou.
Depois de 18 meses, agora em Brisbane, o tenista de 22 anos voltará a ser tratado como favorito de uma competição de primeiro escalão, mas garante não se empolgar, nem se importar muito com isso. "Lógico que pegar uma chave um pouco mais aberta no começo sempre é bom, mas não estou preocupado", disse, antes de saber que sua chave não seria tão aberta assim.
Atualmente na 36ª posição do ranking, Bellucci precisa galgar mais quatro postos para ser apontado cabeça-de-chave também do Aberto da Austrália - se conseguir, será o primeiro tenista brasileiro nessa condição em um Grand Slam desde Gustavo Kuerten no Aberto dos EUA de 2004. Para ter chances de atingir o feito, o jovem precisa chegar ao menos às semifinais de Brisbane.