Banido da Fórmula 1 após comandar um esquema de manipulação no GP de Cingapura no ano de 2008, o italiano Flavio Briatore não perdeu o hábito de comentar os acontecimentos da categoria máxima do automobilismo. Neste domingo, o ex-chefe da equipe Renault elogiou a volta de Michael Schumacher à competição e confia em uma boa participação do piloto com a equipe Mercedes.
"Acho que o retorno dele é totalmente benéfico para a Fórmula 1. Conhecendo o Schumacher, acho que ele refletiu sobre isso por um longo tempo, e se ele decidiu voltar, é porque está convencido de que ainda pode ser rápido", afirmou Briatore, em entrevista concedida ao jornal italiano Gazzetta dello Sport.
Embora Schumi esteja afastado da categoria desde o GP do Brasil de 2006, Briatore confia na categoria do alemão, principalmente com a parceria com Ross Brawn. "Se você tiver um carro vencedor, o resto não importa muito. A temporada passada demonstra claramente isso, porque o piloto campeão do mundo não é, certamente, o melhor em atividade", cutucou o italiano, em referência ao inglês Jenson Button.
Comandante de Schumacher na equipe Benneton, time pelo qual o alemão conquistou os títulos de 1994 e 1995, Briatore considerou o retorno do heptacampeão como 'esperado'. Segundo o ex-dirigente, o piloto aposentou-se de forma precoce da Ferrari, podendo ser competitivo por mais algumas temporadas.
"E, além disso, vou repetir uma velha ideia minha. Quando ele saiu da F-1, há três anos, ele não estava pronto para se aposentar. Ele poderia ter sido competitivo por mais duas ou três temporadas", opinou o italiano, antes de afirmar que Schumacher tem uma necessidade de entrar dentro de um cockpit e competir na mais alta velocidade.
"Estou convencido de que, se ele estivesse fisicamente apto, ele teria voltado na última temporada, já com a Ferrari. Michael pertence a esta categoria de automobilistas que não podem ter uma vida normal, que não podem ficar longe das corridas", completou Briatore.