Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Japoneses rejeitam oferta de Hiroshima e Nagasaki para 2020

O sonho de Hiroshima e Nagasaki de sediar conjuntamente as Olimpíadas do ano de 2020 terminou nesta sexta-feira, logo em uma data comemorativa em todo o planeta. A proposta das duas cidades acabou rejeitada pela Comissão dos Jogos Olímpicos do Japão (COJ, em inglês), que recomendou aos prefeitos das cidades de apresentarem ofertas individuais para receberem o maior evento esportivo do mundo. "O presidente da JOC comunicou que devemos respeitar o estatuto olímpico, pelo qual ser co-anfitriões não é possível", sentenciou o diretor de Cooperação Olímpica da Comissão dos Jogos Olímpicos do Japão, Yasuhiro Nakamori, antes de confiar em uma proposta individual de Hiroshima, mas descartando qualquer possibilidade de Nagasaki entrar na disputa. "É possível que Hiroshima pudesse realizar uma oferta sozinha. A cidade organizou os Jogos Asiáticos de 1994. Mas, acredito que seja um pouco difícil que Nagasaki organize um evento internacional de tão grande porte", opinou Nakamori. Hiroshima e Nagasaki possuem em comum um triste acontecimento da história humana. No ano de 1945, em plena Segunda Guerra Mundial, as cidades sofreram bombardeios nucleares dos Estados Unidos, no maior ataque bélico registrado até os dias atuais. A investida norte-americana matou cerca de 220 mil pessoas. Sediar os Jogos Olímpicos serviria como uma homenagem às vítimas e às cidades, logo na época em que se completarão 75 anos da tragédia. Mesmo assoladas pelos bombardeios e praticamente destruídas, Hiroshima e Nagasaki tornaram-se referência da reconstrução japonesa após o confronto mundial da década de 1940. Embora tenha este apelo histórico, Hiroshima e Nagasaki poderão ficar de fora do pleito e verem Tóquio representar o Japão na briga mundial pelas Olimpíadas de 2020. Derrotada pelo Rio de Janeiro para receber os Jogos de 2016, a capital nipônica surge com força novamente, segundo informações do COJ. A decisão japonesa deverá ser anunciada somente em 2011.