Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Cidadão europeu, Kléber fica na Toca e comemora 'cala-boca'

Para ganhar o título da Libertadores da América não basta ter talento. O jogador precisa ser guerreiro, batalhador, gladiador. E quase ninguém no futebol brasileiro se encaixa tão bem nesse perfil quanto Kléber, atacante do Cruzeiro. Apesar de já ter incorporado o 'sobrenome' Gladiador, o goleador passou por momentos difíceis na Toca da Raposa em 2009 - após ser visto em uma festa da principal torcida organizada do Palmeiras -, mas reconquistou a confiança azul após marcar o gol que garantiu o Cruzeiro na competição continental, eliminando, ironicamente, o time de Palestra Itália. Ao mesmo tempo em que comemorou o feito, Kléber aproveitou para vislumbrar a conquista que escapou nesta temporada, na final, diante do Estudiantes. "Passei por momentos complicados, pois sempre me doei ao máximo e continuarei assim. Confesso que fiquei chateado, principalmente por alguns torcedores me acusarem de corpo-mole, mas meu gol no último jogo do campeonato calou quem queria me ver fora do Cruzeiro", celebrou, em seu site oficial. Kléber confirmou que foi à Itália nos últimos dias para buscar o documento que lhe garantiu a cidadania italiana, requerida há dois anos, mas assegurou que isso não significa que esteja de partida para a Europa. Com contrato vigente até fevereiro de 2014, o artilheiro cruzeirense na temporada, com 24 gols em 38 jogos, está garantido no time de Adílson Batista. Palavra da diretoria. "O Kléber só sai vendido. Eu duvido que algum clube brasileiro tenha condição de pagar 9, 10 milhões de euros. A não ser que o Palmeiras queira nos dar o Diego Souza, o Cleiton Xavier e uma meia dúzia de jogadores", ironizou o presidente Zezé Perrella, em entrevista à TV Alterosa, jogando por terra os boatos sobre uma possível volta do atleta ao Palestra.