Depois de uma temporada na qual foi acometido por lesões e perdeu o posto de melhor tenista do planeta, o espanhol Rafael Nadal ainda não conseguiu descansar. Nomeado embaixador da Inca de Quely, empresa espanhola de biscoitos fundada em 1853, o jogador manifestou seu cansaço e criticou o concorrido calendário da Associação de Tenistas Profissionais (ATP).
"Já faz algum tempo que estou treinando, digamos que eu realmente não parei de trabalhar porque este ano não me deu nenhuma possibilidade de parar", reclamou Nadal, que retomou os treinos logo após a conquista da Copa Davis com a Espanha. Em 7 de dezembro, foi recebido com festas pelo premiê espanhol José Luis Rodriguez Zapatero. Na sequência, já reiniciou os trabalhos.
"Os jogadores e a ATP, que conta com uma nova direção desde o ano passado, estão trabalhando duro para tentar estabelecer orientações para que os jogadores tenham um pouco mais de flexibilidade. Especialmente no final do ano, quando aqueles que jogam a final da Copa Davis acabam ficando sem tempo para descanso", criticou o jogador, que se prepara para defender o título do Aberto da Austrália, em janeiro.
Antes disso, no entanto, disputará milionário torneio amistoso em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, entre 31 de dezembro e 2 de janeiro. "Estou feliz com o trabalho que estamos fazendo em face da nova temporada", disse o atleta, satisfeito com a rotina da pré-temporada. Para os próximos anos, no entanto, ele projeta a chance de descansar mais.
"Nós teremos sucesso. Se não for para a nossa geração, que fique para as próximas. Temos um calendário que nos obriga a jogar a partir da primeira semana de janeiro até dezembro, o que torna muito difícil fazer pausas", disse Nadal, que só poderá finalmente relaxar em fevereiro. "Vou jogar na Austrália, em seguida, em Roterdã, e depois terei três semanas de folga. Quero aproveitar essas semanas para descansar um pouco e me preparar melhor".