Um levantamento feito pela revista Formula Money e divulgado nesta segunda-feira anunciou queda de US$ 200 milhões (cerca de R$ 358 milhões) nos ganhos finais da Fórmula 1. Apesar da baixa após temporada de mudanças, escândalos e disputas políticas , a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) registrou US$ 4,6 bilhões (R$ 8,2 bilhões) de lucro.
A queda da arrecadação pode ser explicada por conta da saída de montadoras e patrocinadores. Com o programa de redução dos gastos instituído pela FIA, os efeitos foram evidentes - a desistência da Honda em integrar a categoria, por exemplo, causou corte de US$ 350 milhões (R$ 625 milhões) em investimentos.
O mercado publicitário também teve queda na Fórmula 1: redução de 8%, de US$ 837 milhões (R$ 1,5 bilhão) para US$ 770 milhões (R$ 1,3 bilhão). Assim, os ganhos das equipes diminuíram consideravelmente. A arrecadação da FIA, no entanto, só aumentou, especialmente com a inclusão do GP de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Mesmo com uma corrida a menos no calendário em relação a 2008 (17 GPs), a renda paga pelos organizadores aumentou 11%, chegando a US$ 448 milhões (R$ 800 milhões). Ainda há brecha para aumentos em 2010, já que Bernie Ecclestone, detendor dos direitos comerciais da categoria, deve confirmar a inclusão do GP da Coréia do Sul.
As parcerias firmadas com a fabricante de eletrônicos LG e a gravadora Universal também causaram aumento da renda da FIA, além dos lucros com direitos de televisão - este beneficiaram diretamente a Formula One Management (FOM), comandada por Ecclestone.