A declaração de Max Mosley garantindo que não houve clima de "revanche" no julgamento em que Flavio Briatore foi banido dos esportes a motor por tempo indeterminado não demorou nem um dia para repercutir. Rápido no gatilho, o italiano atacou o desafeto que busca "fingir" uma imparcialidade inexistente na Federação Internacional de Automobilismo.
Briatore, punido no último dia 21 de setembro por causa da manipulação do resultado do Grande Prêmio de Cingapura de 2008, divulgou um comunicado oficial na noite desta sexta-feira somente para responder a Mosley. Já afastado da FIA, o britânico escreveu uma carta mais cedo no mesmo dia para apontar que o ex-chefe da Renault "deveria ser a última pessoa a reclamar sobre justiça", já que a entidade "repetidamente lhe deu o benefício da dúvida" em outros casos.
O homem que jamais admitiu ter mandado Nelsinho Piquet bater seu carro de forma proposital para beneficiar Fernando Alonso pode reverter aquela decisão desfavorável em 5 de janeiro. Enquanto aguarda o resultado de sua ação no Tribunal de Grande Instância de Paris que pode lhe render uma indenização de 1 milhão de dólares (R$ 1,8 mi), Briatore resolver se pronunciar.
"É completamente intrigante que agora Mosley finja que a FIA tenha emitido uma decisão limpa após um processo de justiça limpa", ironizou Briatore. Ele considera que o órgão não possuía poder para tomar uma atitude desse porte, sendo que a sanção seria, assim, fruto de um pacto entre o ex-presidente e os demais membros do Conselho Mundial.