Pega no exame antidoping por uso de furosemida, a gaúcha Daiane dos Santos defendeu-se perante o Tribunal de Apelações da FIG (Federação Internacional de Ginástica) nesta sexta-feira, em reunião que durou cerca de seis horas em Lausanne (Suíça).
A FIG, entretanto, só divulgará o veredicto do caso no dia 26 de janeiro - ainda assim, se for condenada, Daiane pode recorrer. Caso seja punida com uma suspensão de mais de um semestre, a atleta perde o direito de competir nas Olimpíadas de Londres, de acordo com determinação do Comitê Olímpico Internacional que passou a valer após Pequim-2008.
Duas vezes campeã mundial no solo, Daiane admite que realmente utilizou a substância durante um tratamento para gordura localizada, mas em nenhum momento teve a intenção de se beneficiar. A furosemida é um um diurético, além de mascarar o possível uso de outras substâncias proibidas.
Recuperando de duas cirurgias no joelho feitas após as Olimpíadas de Pequim, Daiane não poderia ser submetida ao exame antidoping por estar fora de competição desde a disputa na China. Tal argumento causou um certo mal estar com dirigentes da CBG e da FIG, que alegam que todo atleta que não esteja aposentado deve estar sempre preparado para ser testado.