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Kimi ataca e diz que patrocínio espanhol o tirou da Ferrari

Em má fase pela Ferrari durante grande parte da temporada 2008, Kimi Raikkonen foi sair da equipe quando vivia um bom momento um ano depois. Falando sobre o passado, ele não engole muito bem a dispensa, que só pode ser explicada a partir da chegada do banco Santander, parceiro de Fernando Alonso, à equipe. Em 10 de setembro, o maior banco da Espanha assinou um contrato de cinco anos com a Ferrari. Exatamente 20 dias depois, as especulações iniciadas há dois anos foram confirmadas, e Alonso foi anunciado oficialmente como ferrarista, em manobra que provocou a rescisão antecipada em uma temporada com Raikkonen. Agora piloto do Campeonato Mundial de Rali (WRC), o finlandês nem tem muito a lamentar com a decisão, já que admite estar recebendo mais dinheiro dos antigos chefes sem defender uma outra equipe da Fórmula 1. Mesmo assim, considera ter sido tratado injustamente após ter sido campeão em 2007 e vencido uma corrida e garantido outros quatro pódios guiando um carro apenas razoável em 2009. "Você tem de perguntar a eles (os motivos), às pessoas que tomam decisões. Eu não sei", exclamou em entrevista à revista londrina Autosport. "Ao final não estou interessado em quando ou por quê. Tenho certeza de saber a resposta, e não tem nada a ver com automobilismo ou algo que fiz lá. Quando há dinheiro envolvido, sempre se pode mudar qualquer coisa. Acho que tem muito a ver com a chegada do Santander. Provavelmente fizeram um acordo". Em 2007, a contratação de Alonso pela McLaren já havia motivado o patrocínio entre o banco e a escuderia britânica. As Flechas Prateadas seguiram estampando o logotipo da empresa espanhola mesmo após a saída do piloto, e isso continuará acontecendo também na próxima temporada.