Atual técnico do Bunyodkor, do Uzbequistão, Luiz Felipe Scolari, comandante da seleção brasileira na conquista do pentacampeonato mundial, em 2002, na Ásia, assistirá pela televisão aos jogos da próxima Copa, mas quer voltar a sentir a adrenalina da principal competição entre seleções do planeta em 2014.
Em entrevista para o diário português Record nesta quinta-feira, Felipão reforçou a ideia que já tinha revelado em setembro deste ano e avisou que se aposentará tão logo termine a Copa que será realizada no Brasil, de preferência comemorando a boa campanha de seu time na competição.
"Tenho 61 anos, quero trabalhar até os 65 como treinador. Gostaria de treinar uma seleção, seja qual for, no Mundial de 2014. Seria bom despedir-me em grande estilo, no Mundial na minha casa, no Brasil. Depois, cuido da minha vida", avisou o gaúcho, sem descartar até um retorno ao comando do time canarinho, hoje nas mãos de Dunga, ideia desprezada após a Copa de 2006.
"(O retorno) não esteve em meus planos, pelo menos há uns anos atrás, mas agora, dizer que não, seria uma mentira. Mas nem de longe é uma prioridade para mim", ponderou, evitando fazer 'sombra' desnecessária ao seu conterrâneo de Rio Grande do Sul.
Felipão também abordou o encontro que marcará suas duas ex-seleções, a portuguesa e a brasileira, na última rodada do Grupo G do Mundial da África do Sul. E projetou um bom jogo de futebol em terras sul-africanas.
"O Brasil tem os melhores jogadores de futebol do mundo e Portugal também está entre os melhores times. Costa do Marfim e Coreia do Norte tentarão resistir, é claro, mas eu acredito que Brasil e Portugal devem seguir em frente nesse grupo", concluiu Felipão, ressaltando ainda que, mesmo aposentado, não pretende se afastar definitivamente da bola, "desde que não lhe tome todo o tempo".