O Coritiba ainda tenta um adiamento do julgamento marcado para esta terça-feira (15/12) no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e que pode tirar até 30 mandos de campo do clube para a próxima temporada, o que significaria disputar a Série B sem o Estádio Couto Pereira. Os advogados do clube convocaram uma coletiva para explicar como será a abordagem do clube, caso não haja escapatória.
O diretor jurídico do Coritiba, Gustavo Nadalin, garantiu que o Coxa não quer uma pena mais branda, mas sim a absolvição, e acusou parte da imprensa de massacre após os lamentáveis episódios após o jogo diante do Fluminense, que decretou o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. "O Coritiba não está abandonado, não está órfão e não vai admitir ser escrachado e violentado pela mídia nacional e que sim, vai lutar pela sua absolvição no tribunal. Vai querer que justiça seja feita", avaliou.
O maior temor é de que uma pena severa poderia ser dada para usar o Alviverde como exemplo para outros torcedores não fazerem o mesmo no futuro. Para René Dotti, uma decisão pesada seria incorreta. "Uma punição exagerada para efeito de exemplarização, procurando demonizar a pessoa jurídica é um atentado contra o direito do torcedor, que é protegido por um estatuto próprio, quando diz no seu artigo primeiro que ele é merecedor de proteção e apoio", afirmou.
O advogado garante que o Coritiba já recebeu apoio de outras entidades paranaenses, que mais uma vez temem retaliações pela pouca força política do Estado no futebol nacional. "Temos recebido manifestações de solidariedade de várias entidades e pessoas ligadas a outros clubes. Não é uma luta só do Coritiba. É uma luta pela sobrevivência do nosso próprio futebol", concluiu.