Anteriormente privilegiando a Renault para fazer sua estreia na Fórmula 1 por uma equipe já estabelecida nas pistas, Lucas di Grassi cansou de esperar e acabou acertando contrato com uma novata, a Manor. Assim, ele será parceiro do alemão Timo Glock e virará o quarto piloto brasileiro na categoria, ao lado de Felipe Massa, Rubens Barrichello e Bruno Senna.
De acordo com o site Grande Prêmio, Di Grassi assinou com a Manor em 30 de novembro, antes mesmo de ter viajado a Jerez de la Frontera para participar de treinos coletivos pela Renault. Na ocasião, o paulista ainda dizia que confiava em se apresentar bem para garantir uma vaga na equipe da qual é testador há dois anos. Entretanto, a demora para a definição do futuro do time francês, que está organizando um leilão para anunciar em breve a venda de parte de suas ações, mudou os planos do jovem.
Rumo a garantir um assento na elite do automobilismo pesou o bom relacionamento entre o piloto de 25 anos e o homem-forte da Manor, John Booth, com quem trabalhou em 2005 na Fórmula 3 Europeia. Diante disso, o britânico já vinha elogiando recentemente o antigo pupilo, que tem tudo para ser anunciado oficialmente na próxima terça-feira. Nessa data, o dono do Virgin Group, o empresário Richard Branson, confirmará uma parceria com a escuderia que pode até passar a ter o nome do ex-patrocinador da Brawn GP.
Fora Di Grassi, ao menos mais dois nomes buscavam fechar com Booth: o norte-irlandês Adam Carroll, que participou da A1GP na última temporada, e o brasileiro Antonio Pizzonia. Em contato com a reportagem da GazetaEsportiva.Net nesta sexta-feira, o ex-piloto de Jaguar e Williams confirmou ter perdido essa disputa, porém garantiu não saber ainda para quem.
"Eu vinha negociando desde agosto, mas me informaram na quinta que tinham assinado com outro nome", revelou Pizzonia. De qualquer forma, o amazonense já via suas "chances diminuindo" na Fórmula 1 desde que Glock foi confirmado como principal representante da Manor. "Vieram falar comigo por causa da experiência", emendou ele, que, embora ainda não esteja descartado pela Campos para 2010, não possui grandes patrocinadores e já se satisfaz caso consiga intercalar Stock Car e na Superliga durante o ano que vem.
Aos 29 anos, o amazonense ainda garantiu que o segundo piloto do time precisou assegurar um alto valor em dinheiro para ser contratado. "Eles foram muito claros comigo: a ideia era ter também um piloto jovem e pagante", disse. Segundo o Grande Prêmio, a empresa que ajudará Di Grassi será a Unilever, que completa 80 anos no Brasil e é proprietária de uma gama de marcas alimentícias e cosméticos.