O ;Anjo Loiro; da Gávea está de volta ao Brasil e inspirado para voltar a brilhar nos gramados do país. Depois de retornar ao Flamengo em uma passagem relâmpago em 2006 e de ;se esconder; dos grandes centros, primeiro no Espírito Santo e depois no futebol do Chipre, o ex-xodó da nação rubro-negra garantiu que ainda tem lenha para queimar sem fazer feio nos gramados.
Empolgado pela temporada positiva no Anorthosis, clube que lhe propiciou a oportunidade de jogar pela sexta vez a Copa dos Campeões da Europa, e pelo exemplo dado por Petkovic, comandante flamenguista na conquista do Brasileirão, o jogador se colocou à disposição para voltar à ativa no início de 2010.
Em rápida entrevista exclusiva para a Gazeta Esportiva.Net durante sua visita ao Footecon, no Rio de Janeiro, Sávio falou sobre a experiência de atuar no desconhecido futebol cipriano e considerou válida a experiência de ouvir palestras de treinadores renomados no Brasil e no mundo, mas avisou: apesar da idade avançada (35 anos), ainda está mais para Petkovic do que para Andrade.
Confira o que o atleta, campeão carioca com o rubro-negro em 1996, tricampeão da Champions League com o Real Madrid (1998, 2000 e 2002), e medalha de bronze com a seleção olímpica em Atlanta, contou em seu descontraído bate-bola com a reportagem da GE.Net.
Gazeta Esportiva.Net O que achou da conquista do título pelo Flamengo?
Sávio: Fiquei muito feliz, claro, como todo flamenguista. O time se uniu, cresceu na hora certa e mereceu ser campeão.
GE.Net: Você está com 35 anos e passou as duas últimas temporadas fora dos grandes centros. Atualmente você está mais para Petkovic, veterano que ainda joga, ou Andrade, técnico iniciante?
Sávio: Ainda tenho condições de jogar e estou vendo as melhores opções. Me conheço fisicamente e não tenho dúvidas de que posso jogar. Achei importante o ano do Petkovic, que muitos deram como acabado para o futebol, pois ele mostrou que com o incentivo certo e se cuidando, idade não quer dizer nada.
GE.Net: Mas passa pela sua cabeça ser treinador? Foi por isso que veio ao Footecon?
Sávio: Treinador eu não sei. Nunca pensei e não penso ainda. Gestão é algo que me agrada mais, mas não sei. Estou tentando aprender de tudo para, depois, com experiência e prática, atingir a perfeição.
GE.Net: E sua experiência no Chipre, como foi? Valeu a pena atuar em um lugar ainda não ;desbravado; por jogadores brasileiros?
Sávio: Sem dúvida. Foi ótimo para mim. Uma experiência nova, um desafio. E ainda tive a oportunidade de jogar mais uma Copa dos Campeões, minha sexta (cinco pelo Real). Foi a primeira vez na história que um clube do Chipre participou. Recebi todo o carinho da torcida e achei a temporada muito proveitosa.
GE.Net: Mas como você foi parar em um centro tão distante de Vila Velha, seu último palco em terras brasileiras, onde defendeu a Desportiva?
Sávio: Recebi a proposta de uma pessoa ligada ao futebol grego e alemão, mas que conhecia o futebol do Chipre também. Ele fez a proposta e resolvi aceitar.