Como admite o próprio Timo Glock, muitos não entenderam por que um piloto de 27 anos, vivendo a melhor fase de sua carreira na Fórmula 1, deixou a Toyota para se aventurar em uma novata, a Manor GP. Nesse contexto, o alemão até admite que a equipe deva ser motivo de "risadas" em seu ano de estreia, mas confia em uma grande evolução a longo prazo.
Prejudicado pelo fim das atividades da Toyota na Fórmula 1, Glock estudou inclusive uma proposta da Renault, mas acabou preferindo a Manor - na realidade, a equipe francesa nem está garantida no próximo campeonato e pode competir somente através de uma parceria com grupos de investidores.
O germânico, de qualquer forma, acredita que o futuro da categoria não passe pelas montadoras, especialmente após as saídas de BMW, Toyota e Honda, ocorridas nos últimos 12 meses. "Na minha visão a F-1 está voltando às equipes privadas", apontou ele ao jornal Bild. Para o ano que vem, das 13 participantes das competições, ao menos nove serão as chamadas independentes.
Assim, nada melhor para Glock que apostar em ser o principal representante da Manor, que tem tudo para se chamar Virgin a partir de uma sociedade com a ex-patrocinadora da Brawn GP, ainda que reconheça as dificuldades a serem encaradas ao menos no começo na categoria.
"Obviamente no primeiro ano uma ou duas pessoas apontarão para nós e rirão. Porém se trata de uma boa combinação de juventude, motivação e também funcionários experientes", disse, lembrando-se do passado do time vice-campeão da Fórmula 3 Europeia em 2006 e 2007.