Zico, Adílio, Júnior, Lico... O quarteto citado é apenas parte do time do Flamengo que conquistou a Copa Libertadores da América e o Mundial Interclubes em 1981. Mas todos eles foram lembrados pelo técnico Andrade, volante da equipe à época, após o Rubro-negro quebrar um jejum de 17 anos e voltar a se tornar campeão brasileiro de futebol.
"Estou aqui como representante daquela geração vencedora e sou feliz e orgulhoso por isso", comentou o treinador, após a vitória de virada sobre o Grêmio, domingo, no Maracanã, quando questionado se sobrou a ele a coragem que teria faltado a Zico para assumir o comando flamenguista quando sondado pela direção, no início do ano.
"O Zico tinha outras propostas e realmente era um risco: eu sabia que, se não fosse bem, poderia apagar tudo o que fiz, mas acreditei, apostei. Sou uma pessoa altamente positiva. Acreditei que daria certo. E deu", celebrou.
Vislumbrando dias melhores para o rubro-negro no cenário mundial, Andrade chegou a colocar o atual time campeão brasileiro em paridade com o que conquistou o planeta no início da década de 80. "Estamos buscando isso, fazer um novo grupo forte e vencedor, claro, de forma diferente, pois o futebol mudou muito e é mais dinâmico, mas esse grupo é muito forte", concluiu.
Elogios 'imperiais':
Símbolo da nova geração campeã do Flamengo, o atacante Adriano, artilheiro do Brasileirão ao lado de Diego Tardelli, com 19 gols, não economizou elogios ao trabalho desenvolvido pelo ex-volante à beira do campo.
"Não tem o que falar. O Andrade tem uma personalidade grande, é excelente treinador, excelente pessoa. É ex-jogador e entende a cabeça de todos, dos experientes aos mais novos. Merece de coração. Sempre acreditou em mim. Conversamos sobre o que eu poderia passar aos mais novos. Agradeço pela compreensão que teve comigo".