Jornal Correio Braziliense

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Campeão da seleção francesa de 98 vê grupo fácil, mas pede saída de técnico

Um dos destaques da França nos títulos da Copa do Mundo de 1998 e da Eurocopa de 2000, Bixente Lizarazu está aposentado e hoje tem como trabalho favorito criticar Raymond Domenech. Atualmente comentarista de televisão, o antigo lateral-esquerdo considerou o grupo de sua seleção o "mais fácil" da competição, porém não confia em uma boa campanha caso o técnico siga no comando. Surpreendentemente afastada do rol dos cabeças-de-chave do sorteio desta sexta-feira, a equipe gaulesa caiu no Grupo A com adversários "acessíveis", de acordo com Lizarazu. "O Uruguai não é mais aquele de dez anos atrás, a África do Sul não reserva surpresas e o México, mesmo um pouco duro, pode ser batido", avaliou ao jornal italiano La Gazzetta dello Sport. Apesar disso, o ex-jogador do Bayern de Munique não prevê belas apresentações dos compatriotas enquanto o "arrogante" Domenech, de quem é crítico de longa data, continue sendo o treinador. "Ele não vale nada comparado a Lippi, Capello e Trapattoni", atacou, em referências aos respectivos comandantes de Itália, Inglaterra e Irlanda. "Não venceu nada em sua vida, tirando um título da Ligue 2 (segunda divisão francesa, em 1989, com o Lyon)". Vice-campeão do mundo em 2006, o treinador deveria ter deixado o cargo, segundo Lizarazu, logo após o "fracasso" na Eurocopa passada, em que caiu já na primeira fase. Atualmente, o ex-jogador vê uma série de problemas táticos na equipe nacional. "Nesta França nada funciona, e o único responsável é Domenech, que não consegue dar uma ideia de jogo a um plantel rico de talentos", concluiu ele, que gostaria de ver como substituto Blanc ou Deschamps, também responsáveis pela conquista de 1998 e que hoje dirigem respectivamente Bordeaux e Olympique de Marselha.