Jornal Correio Braziliense

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Bola da Copa é lançada com intuito de ser 'a mais precisa de todas'

Precisão, um tiro certeiro, sem interferência do vento ou de qualquer outro fator externo. Este é o objetivo da bola oficial da Copa do Mundo de 2010. O nome da pelota, "Jabulani", que significa celebrar no dialeto Bantu isZulu, um dos 11 idiomas reconhecidos na África do Sul. Onze também é o número de cores presentes na bola, que aposta em duas tecnologias para tentar se tornar a mais precisa possível. "Os gomos desta bola foram fabricados já no molde em que se encaixam na bola, de forma 3-D, para uma melhor aderência", explicou Luciano Kleiman, diretor de Sports Performance da Adidas. "Além disso, ela tem ranhuras, chamadas 'Grip and Groove', que evitam a interferência do vento". A bola, que foi testada em clubes como Bayern de Munique, Milan e equipes da África do Sul, e por jogadores como Kaká, Michael Ballack e Frank Lampard, demandará um pouco de adaptação por parte dos atletas, e não deve influenciar na performance individual de cada um. "As seleções receberão a bola a partir da próxima partida, e terão um bom tempo para se adaptar. Vai depender mais de quem joga do que propriamente da bola", afirmou Kleiman. Mesmo mais precisas e sem a interferência de fatores externos, a tendência é que os goleiros não sofram tanto com esta nova bola. Isso porque o camisa 1 do Chelsea Peter Cech também colaborou com o desenvolvimento da Jabulani. "Não creio que vá atrapalhar os goleiros" Outra diferença da bola deste Mundial é o número de gomos. As usadas de 1970 até 1998 tinham 32 gomos, e as de 2002 e 2006 14 gomos, enquanto a "Jabulani" conta com apenas oito, sem costuras, que segundo Kleiman "aumentam a resistência ao ar". Apesar do arqueiro Peter Cech também estar presente no desenvolvimento da Jabulani, o ex-volante Mauro Silva crê que a tecnologia e o aumento da precisão irão atrapalhar um pouco aqueles que têm o dever de defender as metas de suas equipes. "Existe uma preocupação de dominar a tecnologia e nos ajudar. No final todo mundo acostuma, os goleiros reclamam mas a gente gosta", afirmou o meio-campista campeão em 1994. Capitão da Copa de 1970, Carlos Alberto Torres elogiou as inovações do Mundial de 2010. "Estivemos há pouco na África do Sul e vimos os campos. Agora os gramados estão lisinhos, a bola tem toda essa tecnologia, o jogador não tem o que reclamar", disse o ex-lateral direito. No entanto, o 'Capita' vê uma grande desvantagem na nova pelota. Homenageado em Johanesburgo por ter feito o gol mais bonito da história de todas as Copas, Carlos Alberto Torres não crê que repetirão o feito. "As bolas de antes eram mais pesadas, se fosse o mesmo lance com essas bolas de hoje talvez o chute subiria e sairia lá para a arquibancada", brincou. Vestindo a camisa Além da bola da Copa do Mundo, o evento no Museu do Futebol também serviu para a apresentação dos uniformes que a fornecedora Adidas produziu para o Mundial ao público brasileiro, com seleções como Espanha, Alemanha, Argentina, México e Japão. A novidade desta edição é que o atleta poderá escolher entre dois modelos do mesmo uniforme, um mais apertado, para auxiliar na compressão muscular, e outro mais largo, para melhor movimentação e controle de temperatura.