Jornal Correio Braziliense

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Fluminense vai apresentar protestos na Conmebol

O fato de ter jogado na altitude de Quito, no Equador, na primeira partida da final da Copa Sul-Americana, quando foi goleado por 5 x 1 pela LDU, e a atuação do árbitro paraguaio Carlos Amarilla no duelo de volta, na noite de quarta-feira, no Maracanã, deixaram os dirigentes do Tricolor muito revoltados. Por isso, o clube ingressará nos próximos dias com protestos na Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) para que a situação possa ser modificada em competições futuras. Em relação à questão da altitude, Mário Bittencourt, gestor do departamento de futebol do Fluminense, espera contar com o apoio da CBF. Pelo menos foi isso que deixou claro nesta quinta-feira, em entrevista à Rádio Brasil, do Rio de Janeiro. "Essa é uma questão institucional e não é o Fluminense quem tem que lutar, mas sim a CBF, que precisa defender os interesses dos clubes brasileiros. Porém, mais uma vez fomos vítimas de uma covardia que é sermos obrigados a atuar na altitude. Mas, de qualquer maneira, vamos enviar os nossos protestos", disse Mário. O dirigente disse que a diferença técnica e física causada pela altitude deve ser levada em consideração pela Conmebol em futuras competições internacionais. "Se formos analisar os seis confrontos contra a LDU nos últimos anos, nós ganhamos três vezes no Rio de Janeiro, mas nunca conseguimos o placar dilatado que eles conseguem quando jogam na altitude de Quito. Acredito que se a gente jogasse dez vezes contra a LDU em um local ao nível do mar, jamais levaríamos de cinco, como aconteceu na partida de ida desta decisão de Copa Sul-Americana. Isso precisa ser levado em consideração", justificou o dirigente. Na Copa Libertadores do ano passado, o Fluminense enfrentou quatro vezes a LDU. Na primeira fase, empate sem gols em Quito e triunfo por 1 x 0 no Maracanã. Na final, os equatorianos ganharam em casa por 4 x 2, perderam na capital carioca por 3 x 1, mas ficaram com o título na disputa dos pênaltis. Sobre a atuação do árbitro paraguaio, Mário entende que Carlos Amarilla acabou prejudicando o Fluminense na maneira como conduziu a sua arbitragem. "Depois que o Fluminense fez três a zero, ele nitidamente segurou o jogo e teve uma atuação ruim. Acho que ele se assustou ao ver que estava três a zero com vinte e cinco minutos do segundo tempo. Além disso, foi muito rigoroso na expulsão do Fred, que poderia ter sido advertido somente com o cartão amarelo", disse.