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Em reunião, Renault estuda vender time e só fornecer motores

O pessimismo mostrado pelo presidente da Renault, o brasileiro Carlos Ghosn, em suas últimas entrevistas deve mesmo se refletir na venda da equipe de Fórmula 1. Segundo publica o jornal parisiense L'Equipe nesta quinta-feira, a montadora tem organizado uma operação especial para passar a fábrica de Oxfordshire ao comando da Prodrive, recusada pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para ser uma das estreantes do Mundial de 2010. Embora já tenha anunciado a contratação de Robert Kubica e já venha trabalhando no carro do próximo ano há pelo menos seis meses, a Renault ainda não confirmou a permanência na categoria. Segundo Ghosn, o anúncio oficial só sai em dezembro e, de acordo com o L'Equipe, tem tudo para decepcionar os fãs. Buscando atenuar o impacto da decisão e chegar a um acordo quanto a uma eventual quebra de contrato, visto que assinou o Pacto de Concórdia, o presidente brasileiro tem realizado vários encontros com Bernie Ecclestone nos últimos dias. Assim, a companhia pode se comprometer pelo menos a fornecer motores para a Prodrive até 2012. Nesse contexto, o fato do comprador ser conhecido deve facilitar as coisas. O homem-forte da Prodrive, empresa de engenharia automotiva que foi tricampeã do Mundial de Rali (WRC) por meio de uma parceria com a Subaru, é David Richards, ex-diretor de Benneton e BAR. Em junho, o britânico, que também é proprietário da montadora britânica Aston Martin, perdeu a chance de voltar à Fórmula 1 agora como chefe de uma escuderia, mas pode voltar a tê-la utilizando motores da Renault. Procurado nesta quinta-feira pelo site da revista Autosport, Richards não quis se pronunciar, mas um porta-voz da Prodrive admitiu a negociação. "Não podemos comentar sobre a situação da Renault, mas nossa intenção de ingressar na F-1 é bastante conhecida. Algo será confirmado quando estiver pronto", disse ele, aumentando as especulações. De acordo com a publicação londrina, a cúpula da empresa francesa está se reunindo em Paris nesta quinta-feira para continuar a discutir seu futuro esportivo.